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OPINIÃO

“Um Talibã nos trópicos”, por Professor Nazareno*

Publicada em 20/08/2021 às 09:34

O temido e brutal regime dos talibãs volta a governar o Afeganistão a partir de 2021. E como sempre eles chegam ao poder pela força das armas. Criado, armado e treinado pelos Estados Unidos e pelos países ocidentais em 1979 para fazer frente à invasão de seu país por tropas da ex-União Soviética, o Mujahedin, nome antigo do Talibã, já governou aquele país com “mão de ferro” entre 1996 e 2001. Mas foi expulso do poder pelas potências ocidentais depois do onze de setembro nos Estados Unidos. Na época, usou a Sharia, versão antiga e ultrapassada do Islã, para impor perseguições e terror em toda a população afegã, principalmente as mulheres. Por incrível que pareça, o Brasil hoje é governado por um regime político muito semelhante ao Talibã. Pela via democrática e voto livre, o bolsonarismo chega ao poder e tenta impor a sua ideologia.

Da mesma forma que o Talibã, Bolsonaro assume o cargo querendo mudar todos os costumes vigentes na sociedade. Para ele e seus radicais seguidores, a coletividade só tem que funcionar segundo as suas vontades. Nas escolas, por exemplo, os professores que usarem as ideias do pedagogo Paulo Freire são ameaçados de sofrer represálias. Bolsonaro e as milícias bolsonaristas se sentem muito incomodados com a democracia e com os três poderes. Por isso, criam crises institucionais intermináveis e tentam fechar o Supremo Tribunal Federal do país. Na campanha eleitoral que o elegeu, o slogan era bastante sugestivo: “Deus (ou Alá) acima de todos”.  O voto eletrônico recebe críticas e são semeadas dúvidas em todos sobre a lisura das urnas eletrônicas. Normal perseguir e aviltar mulheres desde quando o “Bozo” disse ter fracassado ao nascer sua única filha.

Os integrantes do grupo radical afegão armaram às escondidas toda a população do país, sabotaram e atacaram a sua frágil democracia, pregaram o atraso, agrediram o Estado laico, inventaram mentiras, demonizaram a esquerda, açodaram o comunismo, perseguiram a mídia e mentiram descaradamente para atingir seus objetivos. No poder de novo, eles querem implementar vários retrocessos políticos e sociais no Afeganistão. Assim como o malcriado capitão quer fazer aqui no Brasil. Só que no país asiático não existe um STF nem um Congresso Nacional, que apesar de ser acusado de fisiologista, corrupto e retrógrado, não permitirá a volta ao obscurantismo. Espertos, os talibãs, que não têm um Gabinete do Ódio, já prometeram anistia geral a todos, principalmente às mulheres. Aqui, o “Bozo” e sua turma são bem piores, pois não dão tréguas a ninguém.

Também contrários à vacina contra a Covid-19, os talibãs não usam máscaras nem álcool e já suspenderam a vacinação naquele país. Eles também não gostam da televisão, da música nem de cultura. Bolsonaro igualmente detesta a TV Globo e a imprensa. E música só se for de Sérgio Reis, Eduardo Costa, Zezé de Camargo ou então do grupo Ultraje a Rigor. Todos dizem que o Talibã afegane vai banir a arte em seu país. Tolice: o Bolsonaro e sua turma já fizeram isto por aqui desde que assumiram o poder. Estão dizendo também que os bolsomínions deviam se mudar para o Afeganistão em breve, pois lá o país está sendo governado por milicianos, não existe STF, não existem direitos humanos, não há democracia nem TSE, não existem parlamentos nem Congresso Nacional, não existem eleições e quando há, o voto é impresso sem urnas eletrônicas e a milícia escolhe os governantes. Quanto custa uma passagem para Cabul?

*Foi Professor em Porto Velho.

Fonte: Professor Nazareno

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