MISSÃO ESPACIAL Astronautas chineses iniciam retorno à Terra após missão recorde de 90 dias Publicada em 16/09/2021 às 09:12 Três astronautas chineses iniciaram nesta quinta-feira (16) a viagem de retorno à Terra após uma missão recorde de 90 dias na construção de uma estação espacial do país. Lançada em junho, pouco antes das celebrações do centenário do Partido Comunista Chinês, a missão Shenzhou-12 tem grande prestígio nacional para o governo do presidente Xi Jinping. Esta é a missão mais longa de astronautas chineses, recordou em um comunicado a agência responsável por voos tripulados. Os astronautas devem chegar à Terra na sexta-feira (17). De acordo com portais de internet especializados, a tripulação deve pousar no deserto Gobi (noroeste), perto do Centro Espacial de Jiuquan, onde aconteceu a decolagem em 16 de junho. Nesta quinta-feira, a nave Shenzhou-12 se separou às 8h56 horário de Pequim (21h56 de Brasília, de quarta-feira) da estação Tiangong ("Palácio Celestial"), à qual estava acoplada há três meses, informou a agência espacial. A missão tripulada anterior da China, Shenzhou-11, havia acontecido no fim de 2016 com duração de 33 dias. Durante a missão, os astronautas da Shenzhou-12, Nie Haisheng, Liu Boming e Tang Hongbo, trabalharam na construção da estação espacial, que teve o primeiro elemento lançado em abril. Eles fizeram várias saídas ao espaço. A Shenzhou-12 constitui o terceiro dos 11 lançamento que serão necessários para a construção da estação, entre 2021 e 2022. Quatro missões serão tripuladas. Após a conclusão, a estação "Palácio Celestial" terá dimensões parecidas com a antiga instalação soviética Mir (1986-2001) e deve ter uma vida útil de pelo menos dez anos, segundo a agência espacial chinesa. O interesse chinês em ter a própria base humana na órbita terrestre foi estimulado pela recusa dos Estados Unidos de dar acesso ao país à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Esta última - uma colaboração entre Estados Unidos, Rússia, Canadá, Europa e Japão - deve ser aposentada em 2024, mas a Nasa afirmou que poderia seguir em operação potencialmente até 2028. Durante o lançamento da missão em junho, o comandante Nie Haisheng destacou o caráter patriótico da operação. "Há décadas escrevemos capítulos gloriosos da história espacial chinesa, e nossa missão encarna as esperanças do povo e do próprio Partido", declarou. "Esta contribuição abre novos horizontes para a humanidade no uso pacífico do espaço", disse o presidente Xi Jinping no fim de junho, durante uma comunicação por vídeo com a equipe. O programa espacial do país é controlado pelo exército. A China investiu bilhões de dólares ao longo de décadas para alcançar o nível de potências espaciais como Estados Unidos e Rússia. Depois de lançar o primeiro satélite em 1970, a China enviou seu primeiro astronauta ao espaço em 2003. Em 2013, colocou um robô na Lua. O país asiático também planeja enviar astronautas à Lua antes de 2030 e construir uma base em colaboração com a Rússia. Sobre Marte, os engenheiros chineses enviaram um robô teleguiado que pousou no Planeta Vermelho em maio. A China alcançou outro sucesso em janeiro de 2019 com uma inovação mundial: o pouso de um robô (o "Coelho de Jade 2") no lado oculto da Lua. Fonte: France Presse Leia Também Astronautas chineses iniciam retorno à Terra após missão recorde de 90 dias França suspende milhares de profissionais de saúde não vacinados Câmara recoloca quarentena no novo Código Eleitoral Campanha alerta que família tem palavra final na doação de órgãos Enem 2021: inscrições para pessoas privadas de liberdade acabam amanhã Twitter Facebook instagram pinterest