ECONOMIA Dívida Pública sobe 1,57% em agosto e aproxima-se de R$ 5,5 tri Publicada em 27/09/2021 às 15:32 Mesmo com queda expressiva das emissões de títulos públicos, a Dívida Pública Federal (DPF) subiu em agosto e aproximou-se de R$ 5,5 trilhões. Segundo números divulgados hoje (25) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 5,396 trilhões em julho para R$ 5,481 trilhões em agosto, alta de 1,57%. O Tesouro prevê que a DPF continuará subindo nos próximos meses. De acordo com a nova versão do Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentada no fim de maio, o estoque da DPF deve encerrar 2021 entre R$ 5,5 trilhões e R$ 5,8 trilhões. A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) subiu 1,59%, passando de R$ 5,155 trilhões em julho para R$ 5,237 trilhões em agosto. No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 44,78 bilhões em títulos a mais do que resgatou. Também houve a apropriação de R$ 37,37 bilhões em juros. Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Depois de mais de um ano superando os R$ 100 bilhões mensais, as emissões começaram a cair. Em agosto, o Tesouro emitiu R$ 70,69 bilhões, o menor nível de emissão desde abril do ano passado, quando o mercado ficou parcialmente paralisado após o início da pandemia da covid-19. Os resgates da DPMFi somaram R$ 25,91 bilhões, influenciados principalmente pelo vencimento de R$ 24,11 bilhões em títulos corrigidos por índices de preços. A alta também foi impulsionada pela Dívida Pública Federal externa (DPFe), que subiu 1,09%, passando de R$ 240,87 bilhões em julho para R$ 243,51 bilhões em agosto. O principal fator foi a assinatura de financiamentos estrangeiros de R$ 1,34 bilhão no mês passado. A valorização de 0,42% do dólar em agosto também contribuiu para a elevação. Colchão Nos últimos meses, o Tesouro tinha intensificado a emissão de títulos públicos para recompor o colchão da dívida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos). Essa reserva subiu de R$ 1,160 trilhão em julho para R$ 1,227 trilhão em agosto. Atualmente, o colchão cobre quase um ano de vencimentos da dívida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de R$ 1,364 trilhão em títulos federais. Nos primeiros meses da pandemia da covid-19, o governo queimou parte desse colchão para compensar a instabilidade no mercado financeiro. Em agosto do ano passado, o Banco Central teve de repassar ao Tesouro R$ 325 bilhões para ajudar a recompor essa reserva. O restante está sendo feito com as novas emissões. Em abril, a Emenda à Constituição do Novo Marco Fiscal, originária da PEC Emergencial, reforçou o colchão com mais R$ 140 bilhões da desvinculação do superávit de fundos públicos. Composição As altas recentes da taxa Selic estão atraindo o interesse pelos títulos corrigidos pelos juros básicos da economia e mudando a composição da DPF. A proporção de títulos vinculados à Selic subiu de 35,67% para 36,11%. O PAF prevê que o indicador feche 2021 entre 33% e 37%. A fatia de títulos prefixados (com rendimento definido no momento da emissão) caiu de 32,05% para 31,86%. A nova versão do PAF prevê que a fatia da inflação na dívida pública encerre o ano em uma faixa entre 31% e 35%. A fatia de títulos corrigidos pela inflação na DPF caiu levemente, de 27,59% para 27,35%. Composto por antigos títulos da dívida interna corrigidos em dólar e pela dívida externa, o peso do câmbio na dívida pública ficou praticamente estável, passando de 4,69% para 4,68%. Os dois tipos de indexadores estão dentro dos limites estabelecidos pelo PAF para o fim de 2021, entre 26% e 30% para os papéis vinculados à inflação e entre 3% e 7% para o câmbio. Detentores As instituições financeiras seguem como principais detentores da Dívida Pública Federal interna, com 31% de participação no estoque. Os fundos de investimento, com 24,1%, e os fundos de pensão, com 22%, aparecem em seguida na lista de detentores da dívida. Apesar das turbulências no mercado financeiro em agosto, a participação dos não residentes (estrangeiros) subiu levemente de 9,7% em julho para 9,8% em agosto. O percentual retornou ao nível de março de 2020, no início da pandemia da covid-19. Os demais grupos somam 13,2% de participação, segundo os dados apurados no mês. Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência). Fonte: Agência Brasil Leia Também Governo de Rondônia contrata instituto para atuar no projeto de modernização da gestão penal do Estado Afeganistão se retira de última hora da lista de oradores da Assembleia Geral da ONU Argentina reabre fronteira com Brasil, em Foz do Iguaçu, em iniciativa teste Guedes defende Petrobras e Banco do Brasil na 'fila' de privatizações dos próximos anos Contrato para a recuperação de 3 mil quilômetros de estradas vicinais é assinado em Porto Velho Twitter Facebook instagram pinterest