OPINIÃO Energisa Rondônia, as chuvas, os apagões e o péssimo call center: a gigantesca fatia da incompetência Publicada em 20/09/2021 às 09:49 Porto Velho, RO – Na propaganda da Energisa Rondônia onde o comediante Paulo Vieira faz troça da fuça do consumidor ao sugerir que, dentro da caríssima, absurda e surrealíssima conta de energia regional, diga-se de passagem, o empreendimento fica só com um “brotinho”, a veiculação ignora a gigantesca fatia de incompetência da concessionária. Se cair uma pequena chuva na Capital rondoniense, por exemplo, bairros inteiros, especialmente na zona Leste, ficam horas a fio no puro breu, completamente apagados: experimente, então, tentar acionar a empresa através do seu call center capenga, que, por sua vez, ignora as ligações e, quando as atende, presta atendimento horroroso. A sensação do usuário é que em vez de informação acabou colhendo, na realidade, um emaranhado confuso de desinformação. Não há precisão em absolutamente nada na hora em que os funcionários brincam de mitigar os problemas apresentados pela sociedade. Talvez por isso a Energisa tenha optado pelo caminho da sátira em sua publicidade, testando, diariamente, a paciência do povo; quer, no fim, saber até onde as pessoas aguentam desembolsar quantias astronômicas de dinheiro para custear escarradas nos próprios rostos. É o caos que os cidadãos patrocinam de maneira obrigatória já que, ao menos no setor, não há concorrência nem livre mercado. É ela ou ela. Não há escolha, não há liberdade. E engole-se o serviço porco, imundo, malfeito, bizarro, e sem precedentes, perdendo, inclusive, para os desastres que eram a Eletrobras e as Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron). Em outubro do ano passado, a Assembleia Legislativa (ALE/RO), via CPI da Energisa, recebeu a informação de que a concessionária deve pelo menos R$ 1,7 bilhão ao Estado de Rondônia: o governo garantiu que cobraria a dívida em sua totalidade. Além disso, em dezembro, a CPI concluiu o relatório apontando “uma série de irregularidades e sugeriu aos órgãos de controle a tomada de medidas para saná-las. A caducidade do contrato, ou seja, rompimento do contrato da Energisa para atender a distribuição de energia em Rondônia; encaminhamento de todas as denúncias registradas na CPI aos Ministérios Público Federal e Estadual; devido à fragilidade do Procon, a CPI recomendou a realização de concurso público para contratar mais servidores do órgão; a imediata suspensão dos convênios que a empresa tem com a Polícia Civil e com a Politec”. E concluiu alegando: “Uma das mais importantes recomendações é a que pede não só o fim do convênio do Ipem com a Energisa, como, ainda, exige a demissão do presidente do Instituto de Pesos e Medidas, Aziz Rahaal Neto. À Agero, “recomenda-se que seja acelerado convênio e cooperação, para desempenhar função delegada de fiscalização e atuação dos serviços energéticos junto a Aneel”, aponta o relatório. Por fim, para a PGE e Sefin, o relatório propõe que “quanto à tentativa de isenção bilionária do débito da Energisa e diante das estratégias jurídicas criadas para driblar a isenção total, buscando se esquivar da tratativa pública do tema ou via Assembleia, recomenda-se à Procuradoria Geral do Estado e à Secretaria de Finanças, que, providenciem o imediato reestabelecimento do curso das execuções de todos os débitos estaduais, sem qualquer tipo de suspensão ou negociação visando reduzir juros, multa e/ou correção monetária””. Até agora não há um posicionamento oficial dos órgãos instalados sobre as deliberações oficiais da CPI. Enquanto isso, a letargia de quem deveria nos defender proporciona a continuidade de um preço extorsivo em contas de energia paralelamente aos abusos nos péssimos serviços prestados – quando são –, e o apagão, quando vem, senta em cima. É outra forma de cuspir com vontade na direção do pagador regular de impostos. Fonte: Rondoniadinamica Leia Também Artista de Nova Mamoré expõe telas na Assembleia Legislativa, a convite do deputado Dr. Neidson Adelino Follador agradece ao DER por ter atendido seus pedidos em ações no Vale do Jamari Vereador Fogaça diz que legislação não vem sendo aplicada em Porto Velho pelo Detran Boa parte dos vereadores de Cacoal vai concorrer nas Eleições 2022, o bom jornalismo do olho no olho, o confuso e violento trânsito de Porto Velho Laerte Gomes anuncia liberação de recursos para patrolamento e cascalhamento na zona rural de Nova Brasilândia Twitter Facebook instagram pinterest