Cartelização do preço do leite ao produtor chega ao MP, cartel também na venda de combustíveis, Rogério e Rocha terão dificuldades com o União Brasil em Rondônia

 Ponte – Projeto de Lei (270/2014) do saudoso senador Odacir Soares, foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido,) esta semana, denominando a ponte sobre o rio Madeira, na BR 319 em Porto Velho, na ligação com Manaus. Odacir morreu em setembro de 2019 e foi um dos políticos mais influentes de Rondônia no Congresso Nacional, onde ocupou cargos de 1º secretário e 2ª secretário da Mesa Diretora. Odacir era líder do governo Fernando Collor e defendeu o presidente, que renunciou ao mandato, sempre com argumentos sólidos sobre as ações de Collor. Após 7 anos a proposta de Odacir foi aprovada tendo como relator o deputado federal Léo Moraes (Podemos-RO). 

Leite – A situação crítica dos produtores de leite de Rondônia foi abordada pelo deputado estadual Adelino Follador (DEM-Ariquemes). Segundo o parlamentar, que levou o caso ao Ministério Público (MP) estadual, o setor produtivo de leite do Estado é refém dos laticínios, que ditam as regras de produção e comercialização do produto e o preço é cartelizado, “sem que haja uma ação efetiva das autoridades para contrapor a esta transgressão”. Segundo o deputado, os laticínios trabalham para que os concorrentes se unam, “para eliminar a livre-concorrência”, o que só beneficia “as empresas cartelizadas”. Em Minas Gerais o litro de leite á pago aos produtores a R$ 2,47, Rondônia a R$ 1,67 e “não há conversa, é pegar ou largar. Este é o modus operandi do cartel”, diz Follador.   

Combustíveis – A crise no setor leiteiro que está sendo acompanhada pelo deputado Adelino Follador e levada ao conhecimento do MP também ocorre no setor de combustíveis, onde a cartelização é praticada sem que as autoridades tomem as devidas providências. A situação de cartel é explícita na comercialização do etanol, diesel e gasolina na quase totalidade dos postos de combustíveis da capital e do interior. Basta observar que não há concorrência, pois, os preços variam por centavos. Assim como o setor leiteiro, que também está sendo monopolizado pelos laticínios, a distribuição de combustíveis também é cartelizada em Rondônia com a conivência das autoridades.  

DEM/PSL – É grande a expectativa sobre a fusão dos partidos DEM e PSL anunciada na última semana. Amanhã (6) DEM e PSL estão programadas a realização de convenções para fundamentar a fusão e o nascimento de um novo partido, o União Brasil. O que se comenta nos bastidores é qual será o caminho do novo partido. O deputado federal Luciano Bivar, de Pernambuco, que preside o diretório nacional do PSL, que deverá comandar o novo partido, já disse que não fará parceria com o presidente Jair Bolsonaro, que foi eleito pelo PSL e hoje está sem partido. O União Brasil se constitui com a inclusão de 81 deputados federais, o maior do país e mais sete senadores, além de mais recursos do Fundo Partidário,  

DEM/PSL II – A situação ficará difícil em vários Estados e Rondônia está entre eles. Talvez o com maior problema. O deputado federal Luciano Bivar, já disse, que no novo partido (União Brasil) não tem espaço para o presidente Bolsonaro. O governador Marcos Rocha, que assumiu recentemente como presidente do PSL em Rondônia e o senador Marcos Rogério, presidente regional do DEM terão problemas futuros, não importa qual deles for presidir o União Brasil no Estado. Rocha é candidato à reeleição e Rogério, também a governador e ambos são fechados com ´residente. Será que um deles abrirá mão da parceria com Jair Bolsonaro? As apostas estão abertas...  

Respigo  

Na manhã de ontem (4) por pouco não ocorre uma tragédia no centro de Porto Velho. Uma carreta, por sorte vazia, subia a ladeira da rua José de Alencar ao lado do antigo Palácio do Governo, não conseguiu chegar ao topo e voltou de ré +++ Felizmente não tinha nenhum veículo atrás. Na volta resvalou em um carro estacionado, bateu em um poste e derrubou a fachada de uma loja +++ Há tempos cobramos fiscalização e orientação no confuso e perigoso trânsito da capital. O que estava fazendo uma carreta, no início da manhã em uma rua no centro de Porto Velho? +++ A economia de Porto Velho vai muito bem obrigado. Nota-se pelo investimento de empresas de porte como a rede Assaí Atacadista, que está construindo a sua segunda loja na capital +++ Desta vez na área onde durante muitos anos funcionou o “Alto Madeira”, jornal centenário, que hoje tem somente a edição digital, na rotatória das avenidas Imigrantes e Jorge Teixeira. A previsão de inauguração é até o final do ano.