GOLPE DE ESTADO Manifestantes contra golpe no Sudão mantêm-se nas ruasa Publicada em 27/10/2021 às 08:39 As manifestações continuam nas ruas de cidades do Sudão, em protesto contra o golpe de Estado militar e a prisão de dirigentes civis, especialmente do primeiro-ministro Abdallah Hamdonk, retido em casa. O diretor do Serviço de Aviação Civil anunciou que o aeroporto de Cartum deverá reabrir ao meio-dia de hoje (27). Vários países criticaram o golpe de Estado militar, sobretudo depois de o general Abdel Fattah al-Burhane, líder do movimento, ter anunciado a dissolução de todas as instituições do Sudão e a prisão dos líderes civis. O movimento dos militares põe fim à frágil transição democrática no país, iniciada em 2019. Após o golpe de Estado, nessa segunda-feira, Washington suspendeu parte da ajuda financeira ao país, um dos Estados mais pobres do mundo, e a União Europeia (UE) admite adotar a mesma medida. Para a diplomacia de Moscou, os acontecimentos no Sudão "são resultado lógico de uma política fracassada". Espera-se ainda uma reação do Conselho de Segurança das Nações Unidas e do Fundo Monetário Internacional, instituição que gere a ajuda financeira ao país. Nesta quarta-feira, quatro manifestantes morreram durante disparos da polícia, em Cartum, a capital. As forças de segurança desmontaram algumas barricadas e, segundo a France Presse, estão prendendo manifestantes que se opõem ao golpe. Em 2018 e 2019, as manifestações de protesto - que fizeram mais de 250 mortos - levaram ao afastamento, pelos militares, do ditador Omar el Bechil. De acordo com a AFP, na capital sudanesa os militares ocupam posições com veículos blindados nos arredores da cidade. Grupos políticos apelaram à "desobediência civil", e os sindicatos decretaram greve geral. A maior parte dos estabelecimentos comerciais está fechada e há cortes constantes nas telecomunicações, o que impede os manifestantes de estabelecer ligações com o exterior. Vários dirigentes políticos foram presos, e o campus da Universidade de Cartum encontra-se ocupado pelas forças militares. Nessa terça-feira, para denunciar a violência e o golpe de Estado, os embaixadores sudaneses em Paris, Bruxelas e Genebra rejeitaram diretamente as ações dos militares e proclamaram suas sedes como "embaixadas do "povo". Primeiro-ministro O primeiro-ministro deposto do Sudão, Abdallah Hamdok, e a sua esposa voltaram para casa nessa terça-feira à noite, um dia depois de terem sido detidos pelos militares que promoveram o golpe. Não há informações se o governante ficará em prisão domiciliar. Ele foi detido e transferido para um "local desconhecido", depois de se ter recusado a assinar declaração de apoio ao golpe de Estado. Fonte: Agência Brasil Leia Também Manifestantes contra golpe no Sudão mantêm-se nas ruas Confiança da indústria cai pelo terceiro mês consecutivo, diz FGV Coronavírus: Rondônia registra 02 óbitos e 292 casos nas últimas 24 horas; números atualizados Campus Cacoal e Sebrae realizam o “I Seminário Pró-Cacau” Prefeitura de Porto Velho leva vacinação antirrábica para Nova Mutum e Jaci-Paraná Twitter Facebook instagram pinterest