JUDICIÁRIO Pagamento de todos os funcionários do grupo Gonçalves aguarda autorização da Justiça desde maio deste ano Publicada em 27/11/2021 às 08:00 O pagamento dos funcionários do grupo Gonçalves agora depende da justiça. Todas as fases do leilão dos bens do Supermercado Gonçalves foram concluídas há pouco mais de seis meses e o recurso angariado através do certame continua parado em uma conta judicial à espera de posicionamento do judiciário para conclusão de um processo que dura cerca de quatro anos. De acordo com representantes do empresário José Gonçalves, proprietário da empresa, o valor arrecadado nas três fases do leilão é mais que suficiente para liquidar todas as dívidas do grupo. 58 bens móveis e imóveis dos Gonçalves foram colocados à venda para saldar as dívidas, dentre eles diversos imóveis localizados em áreas nobres de Porto Velho, onde funcionava a sede da empresa e onde estavam instaladas a maioria de suas unidades. Os funcionários do grupo ainda estão à espera de posicionamento da justiça para receber o que tinham direito e a expectativa dos trabalhadores é de conseguir receber ainda neste ano, tendo em vista o tempo de espera ao qual estão submetidos. Representantes do empresário José Gonçalves relatam que ele também está esperançoso com a possibilidade de as dívidas serem quitadas ainda neste ano. “Todos os envolvidos estão sofrendo com essa situação e ele está ansioso para resolver de vez este problema. O dinheiro está na conta judicial e estamos aguardando autorização da justiça para que todos recebam as partes que lhes cabe”, comentou um interlocutor do empresário. O grupo Gonçalves foi um dos mais importantes do Estado de Rondônia. Com mais de mil funcionários e filiais em Rio Branco (AC), Ariquemes, Ji-Paraná e Buritis, além de diversas unidades em Porto Velho, o mercado Gonçalves iniciou suas operações em 1990 e rapidamente se tornou um dos grupos mais colaborativos com o desenvolvimento socioeconômico da região. Em 2013, os Gonçalves ampliou seu leque de atividades com a inauguração de um empório gourmet, o qual estava instalado na Avenida Jorge Teixeira, em Porto Velho, e uma fábrica de panificação, a Granopan. Em 2016, no entanto, o grupo entrou em recuperação judicial em decorrência da crise financeira que assolou o país naquele ano e em julho de 2019 anunciou sua falência. Os colaboradores do grupo de unidades do interior de Rondônia como, por exemplo, Ariquemes já receberam suas rescisões e restam apenas o pagamento dos trabalhadores das unidades da capital, Porto Velho. FILHO ACABOU LEVANDO A CULPA INJUSTAMENTE Logo no início da crise que afetou o grupo Gonçalves, o filho mais novo do proprietário do empreendimento, José Gonçalves Junior, vendeu suas empresas e atendeu um chamado do pai, indo então trabalhar nas empresas para ajudar a reverter a situação. Ele acabou sendo injustamente acusado de ser o responsável pela falência dos mercados Gonçalves mesmo nunca tendo participado (até a última fase da existência do grupo) do corpo gerencial da firma. Junior Gonçalves realizou algumas reuniões na época representando a empresa, se expôs publicamente sendo o porta-voz do grupo durante o processo final e acabou sendo vinculado à falência do empreendimento em decorrência disso. Mesmo não tendo culpa alguma da situação, acabou sofrendo e arcando com as consequências sociais da falência. APOIO SOCIAL A questão em torno da crise do grupo Gonçalves acabou ganhando apoio social em toda capital, Porto Velho, tendo em vista a contribuição social da empresa e seu final decorrente da crise financeira que o país atravessou naquele momento. Manifestações em diversas redes sociais têm sido frequentes para que o pagamento seja homologado pela justiça ainda neste ano e o problema solucionado de vez. Fonte: Assessoria Leia Também Pagamento de todos os funcionários do grupo Gonçalves aguarda autorização da Justiça desde maio deste ano Coronavírus: Rondônia registra 259 casos e nenhum óbito nas últimas 24 horas Projeto do Calama realiza formação profissional em corte e costura na Aldeia Indígena Karitiana Dias de campo debatem cadeia produtiva do pescado em Rondônia Pecuaristas de Rondônia têm até 30 de novembro para apresentar declaração do rebanho, alerta Idaron Twitter Facebook instagram pinterest