CRISE NA EDUCAÇÃO TCU vai investigar denúncias de interferência e censura no Enem Publicada em 19/11/2021 às 14:45 O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu um procedimento para analisar uma representação segundo a qual teria havido interferência no órgão responsável por organizar a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A abertura foi motivada por uma representação feita por parlamentares e é o procedimento de praxe nesse tipo de caso. O TCU deve analisar, primeiro, se a representação procede. O tribunal também pode arquivar o caso, por exemplo. No início deste mês, 37 funcionários pediram demissão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Uma semana depois, em viagem a Dubai (Emirados Árabes), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que as questões do Enem "começam agora a ter a cara do governo". Conforme o site do TCU, a representação pede a apuração de: "Possíveis irregularidades na organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, especialmente acerca de fragilidade técnica e administrativa relacionadas às interferências na gestão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)". Ainda conforme o site do tribunal, a condução do procedimento ficará com a Secretaria de Controle Externo da Educação, da Cultura e do Desporto. O relator do caso será o ministro Walton Alencar Rodrigues. A representação foi apresentada pelos seguintes deputados: Danilo Cabral (PSB-PE), Professora Neide (PT-MT), Marcelo Freixo (PSB-RJ), Lídice da Mata (PSB-BA), Bohn Gass (PT-RS), Professor Israel Batista (PV-DF), Idilvan Alencar (PDT-CE), Alessandro Molon (PSB-RJ) e Tabata Amaral (PSB-SP). Ministro nega interferência Na última quarta (17), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, compareceu a uma audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e negou interferência política na organização do Enem. Aos deputados, Ribeiro disse que, ao afirmar que as questões começam a "ter a cara do governo", Bolsonaro quis declarar que o Enem terá a cara do governo "no sentido de competência". No mesmo dia, durante viagem ao Catar, Bolsonaro afirmou que não teve acesso às questões. Fonte: G1 Leia Também Vacinação acontece no Porto Velho Shopping no sábado (20) e domingo (21) Pandemia começou em mercado de animais na China, indica estudo TCU vai investigar denúncias de interferência e censura no Enem Polônia diz que Belarus leva imigrantes de volta à fronteira Mapa: 89% dos vegetais comercializados são seguros para consumo Twitter Facebook instagram pinterest