Desembargadora Marialva Daldegan Bueno se aposenta do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia

 Em sessão administrativa do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, nesta segunda-feira, 13, foi aprovado, por unanimidade, o processo de aposentadoria da desembargadora Marialva Daldegan Bueno, após 34 anos dedicados à Magistratura do  Estado, desde que ingressou no IV Concurso Público para a carreira. Ao ouvir os votos dos colegas de Corte, elogios e reconhecimentos, Marialva viu sua trajetória rememorada nas palavras dos desembargadores. “Eu posso dizer que agradeço a todos os amigos que estão agora compondo esta Corte”, afirmou a magistratura. 

Promovida ao cargo de Desembargadora desde 15 de outubro de 2010, Marialva foi nomeada para o cargo de Juíza de Direito da Comarca de Ouro Preto do Oeste-RO, 2ª Entrância. Passou pelas 1ª Vara Criminal (1987-1991) e 1ª Vara Cível (1991-1994). Promovida para a comarca de Porto Velho, assumiu a 3ª Vara Criminal  (30-03-1994 a 07-06-1994), depois sendo removida para a 1ª Vara de Família (1994-2003). Foi titular do 2º Juizado Especial Criminal  (2003-2010) e do 2º Juizado Especial da Fazenda Pública (22-06-2010 a 14-10-2010), até a promoção ao TJRO. 

O relator do processo no Pleno Administrativo, desembargador Gilberto Barbosa Batista dos Santos, destacou a trajetória da magistrada, suas características pessoais e profissionais, as quais lhe renderam o reconhecimento e o respeito ao longo da trajetória profissional. “Honra e tristeza”, assim definiu Barbosa o misto de emoções pela “honra por ser o relator do processo de aposentação”, em razão da irretocável biografia pessoal e profissional, afirmou. E também a tristeza, pela privação da convivência diária com a colega de Corte.

“Aos servidores e servidoras, sem os quais, com certeza, o trabalho não seria desenvolvido. Agradeço à equipe de Ouro Preto do Oeste, que foi a minha família no interior do Estado”. Deu seu obrigado também aos juízes de Ji-Paraná e Jaru, que, na época, formavam uma família. Dirigindo-se aos magistrados do Tribunal de Justiça, disse: “cada um de vocês compõem um pedacinho do meu coração. Eu arranco um pedaço do coração de todos vocês e os levarei comigo para onde eu estiver. Vocês foram a família que eu tive em Rondônia”, afirmou a desembargadora.

“Devo muito a Rondônia. Devo muito aos colegas, que sempre foram a família que tive, com os quais sempre contei nos momentos mais difíceis”. Neste estado eu construí a minha juventude, vivi minha idade adulta”, afirmou ela, que se despediu  para para vivenciar novos projetos. Antes, contudo, saudou sua equipe de assessores e aos colegas da Câmara Criminal, aos servidores e servidoras do  Departamento Criminal, Vice-Presidência, Distribuição, Departamento do Conselho da Magistratura, dentre outros. “É impossível nominar a todos”, afirmou, ao estender seu agradecimento a todos com quem atuou.

Homenagens

Após o relatório, um a um, os integrantes da Corte destacaram o respeito angariado pela magistrada ao longo de sua carreira na Justiça de Rondônia. Em cada voto, apesar da contrariedade pela partida, a alegria de ver o coroamento de uma caminhada repleta de lutas, desafios e vitórias, que legaram para Marialva o reconhecimento por tanto tempo dedicado à causa da Justiça e do povo de Rondônia. 

Em vídeo, os colegas Raduan Miguel, oriundo do mesmo concurso público, falou dos predicados e da força da mulher Marialva. A desembargadora aposentada Ivanira Feitosa Borges festejou a chegada do momento de descanso e reconhecimento, depois de trabalhar por tanto tempo e de maneira tão digna. O presidente do TJRO, desembargador Paulo Mori, relembrou o início da carreira e da amizade que cultivou com Marialva. A juíza Sandra Silvestre destacou a maternidade e o profissionalismo da colega, ao lhe desejar sucesso na nova jornada. 

Sob aplausos, Marialva Daldegan Bueno despediu-se da Corte Estadual de Justiça, com a certeza de que deu enorme contribuição à construção do Poder Judiciário Estadual e, com sua trajetória profissional irretocável, foi parte da missão diária de efetivar o acesso das pessoas à Justiça.