Nazismo, xenofobia e mais dados falsos: cadastro de médica de Rondônia foi utilizado para alterar dados de pesquisador

Porto Velho, RO – O pesquisador científico Atila Iamarino foi vítima de um ataque patrocinado por meio do cadastro de uma médica de Porto Velho, registrado na Maternidade Mãe Esperança na Capital.

Esta primeira informação foi revelada em primeira-mão pelo site Rondoniaovivo.

A pessoa que alterou os dados do biólogo no sistema CadSUS, não necessariamente a dona do cadastro, chegou a incluir dados falsos como data de óbito e fez troça com referências nazista e xenofóbicas.

No campo “Pai”, por exemplo, o (a) adulterador (a), inseriu o temo “Seis milhões foi pouco”.

Seis milhões é o número histórico de mortes atribuído ao Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.

Iamarino anotou:

“O @minsaude  corrigiu minha info e respondeu à requisição de quem alterou meus dados no CadSUS. A alteração foi feita com a credencial (agora bloqueada) de um médico de Porto Velho/RO, que também me marcou como morto, fez apologia nazista e outras ofensas. Agradeço pela resposta”, indicou.

Em nota ao UOL, o Ministério da Saúde afirmou que "tomou as providências necessárias para abertura de processo junto às autoridades competentes para devida investigação".

"Cabe esclarecer que as credenciais do operador responsável são bloqueadas sempre que uma irregularidade é identificada e os dados das vítimas são prontamente corrigidos e atualizados", destacou a pasta, orientando ainda que as pessoas entrem em contato com o número 136 para pedir  correção de qualquer dado no ConecteSUS.