Senador de Rondônia deve acompanhar Bolsonaro e ir para o PL de condenado no Mensalão

Porto Velho, RO – O senador Marcos Rogério, do União Brasil, deve seguir os passos do presidente da República Jair Bolsonaro e ir para o Partido Liberal (PL) do dirigente Valdemar da Costa Neto.

Também há informações de bastidores no sentido de que Rogério poderia se tornar ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

Valdemar da Costa Neto

Neto foi preso após ser condenado a sete anos e dez meses no âmbito do escândalo do Mensalão, isto pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A partir de novembro de 2014, passou a cumprir prisão domiciliar. Dois anos depois, foi perdoado pelo Supremo (STF) após decisão de Luís Roberto Barroso.

À época, Barroso concordou com parecer do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para quem Costa Neto preencheu os requisitos previstos no decreto presidencial de indulto publicado no fim do ano passado porque já cumpriu um quarto da pena e estava em regime aberto.

O indulto em questão foi decretado pela presidente Dilma Rousseff em dezembro de 2015. O ex-deputado federal, cacique do PR, havia cumprido um quarto da pena e não era reincidente, portanto, segundo as autoridades, preenchia os requisitos para ser juridicamente perdoado.

Futuro de Marcos Rogério

Ontem, em entrevista à Rádio Jovem Pan e questionado sobre as movimentações políticas para 2022, o senador Marcos Rogério revelou que deverá mudar de partido, sim, e rumar para a legenda de Costa Neto.

“Estou em tratativas, eu tenho, inclusive, anunciando neste momento, uma reunião hoje com o presidente do PL, com o presidente Valdemar, vou conversar sobre esse assunto [possível mudança de partido]. Já conversei com o nosso grupo político no Estado de Rondônia, e a tendência natural é que eu acompanhe o presidente [Bolsonaro] no PL, em razão do ambiente da política. Eu não tenho condições de estar num outro partido que, de repente, tenha um encaminhamento do jogo eleitoral diferente, eu tendo as vinculações que tenho”.

Marcos Rogério ainda disse acreditar que o ex-juiz Sergio Moro não deverá crescer nas pesquisas e que a principal disputa eleitoral deverá se dar entre Bolsonaro e Lula.