AFEGANISTÃO Sob pressão, Talibã publica decreto para dizer que mulher não é 'propriedade' Publicada em 03/12/2021 às 15:09 O governo do Afeganistão, controlado pelo Talibã, publicou um decreto sobre os direitos das mulheres nesta sexta-feira (3) que disse que elas não deveriam ser consideradas "propriedades" e precisam consentir para se casar, mas não mencionou o acesso feminino à educação ou ao trabalho fora de casa. O Talibã está sob pressão da comunidade internacional, que mantém a maioria dos fundos para o Afeganistão congelados, para se comprometer a respeitar os direitos das mulheres desde que assumiu o comando do país no dia 15 de agosto. "Uma mulher não é uma propriedade, mas um ser humano nobre e livre; ninguém pode dá-la a ninguém em troca de paz... ou para por fim à animosidade", disse o decreto do grupo islâmico radical divulgado pelo porta-voz Zabihillah Muhajid. Ele delineou as regras que determinam o casamento e a propriedade para as mulheres, dizendo que elas não deveriam ser obrigadas a se casar e que viúvas deveriam ter sua parcela da herança do falecido marido. Tribunais devem levar em conta as regras ao tomar decisões, e os ministérios dos Assuntos Religiosos e da Informação devem proteger estes direitos, disse o decreto. Mas o texto não fez menção à possibilidade de as mulheres trabalharem ou ter acesso a instalações fora de casa ou à educação, que são grandes preocupações da comunidade internacional. Economia afegã Desde o retorno dos talibãs ao poder, a economia afegã, que depende em grande parte dos subsídios internacionais, se afundou. O governo dos Estados Unidos congelou os ativos do banco central afegão e tanto o Banco Mundial quanto o Fundo Monetário Internacional suspenderam as ajudas. A ONU alertou que 23 milhões de afegãos, de uma população de quase 40 milhões, estarão à beira da fome no inverno. Fonte: G1 Leia Também Sob pressão, Talibã publica decreto para dizer que mulher não é 'propriedade' Censo 2022: nova seleção terá mais de 207 mil vagas, diz IBGE PF prende foragido brasileiro procurado pela Interpol STF suspende julgamento que proíbe demissão de não vacinados OMS diz que Ômicron é "bastante infecciosa", mas não deve haver pânico Twitter Facebook instagram pinterest