ACUSADO DE TRÁFICO Ex-presidente de Honduras se apresenta a juiz após pedido de extradição dos EUA Publicada em 16/02/2022 às 15:45 O ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernández se apresentou nesta quarta-feira(16) a um juiz que decidirá seu destino após o pedido de extradição dos Estados Unidos. Ele é acusado de traficar cerca de 500 toneladas de cocaína aos EUA através de Honduras, informou a embaixada americana. Em meio a uma forte operação de segurança, Hernández foi transferido da sede da polícia onde passou a noite para a Corte Suprema de Justiça (CSJ), informou o porta-voz do Judiciário, Melvin Duarte. Dezenas de apoiadores do Partido Nacional de Hernández (PN, direita) se reuniram em frente ao tribunal, enquanto partidários do Libertad y Refundación (Libre, esquerda) comemoravam a prisão. Os dois grupos entraram em confronto. Nesta primeira audiência, o juiz comunicará a Hernández as acusações dos Estados Unidos para que ele possa se defender e, em seguida, tomará uma decisão sobre a extradição, disse o porta-voz judicial. Preso na terça-feira em sua casa em Tegucigalpa, Hernández não ofereceu resistência. - "Narcoestado" - Para os promotores dos EUA, JOH foi cúmplice de seu irmão Tony Hernández, um ex-deputado que foi condenado à prisão perpétua por tráfico de drogas em Nova York no ano passado. Eles alegaram que o ex-presidente transformou Honduras em um "narcoestado". Durante o julgamento de Tony, os promotores afirmaram que JOH "recebeu milhões de dólares em propinas de traficantes de drogas como Chapo Guzmán, que pessoalmente pagou um milhão de dólares" a Tony para subornar seu irmão. Geovanny Fuentes, outro traficante hondurenho julgado em Nova York e condenado à prisão perpétua em fevereiro, foi acusado pelos EUA de agir em conluio com JOH. Hernández nega as acusações e alega que os Estados Unidos baseiam suas acusações em "declarações de traficantes de drogas e assassinos confessos" extraditados por seu governo. O ex-presidente é atualmente deputado do Parlamento Centro-Americano (Parlacen), benefício ao qual todos os ex-presidentes da região têm acesso ao deixar o cargo. Embora seus advogados afirmem que a posição lhe confere imunidade, os regulamentos do Parlacen não contemplam esse privilégio para quem não goza de imunidade em seu próprio país. O Parlacen também pode “levantar e suspender as imunidades e privilégios de seus deputados” a pedido dos governos dos países que o integram. O chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, disse na semana passada que Hernández foi incluído em julho em uma lista de pessoas acusadas de corrupção ou de minar a democracia na América Central, e ordenou "restrições de visto ao ex-presidente (...) devido a atos de corrupção". Fonte: AFP Leia Também Ex-presidente de Honduras se apresenta a juiz após pedido de extradição dos EUA Aumenta para 66 número de mortos por causa da chuva em Petrópolis MPF apura prática de intolerância religiosa na Câmara Municipal de Cacoal Reino Unido vai vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19 Chile inicia mobilização de militares para controlar migração irregular Twitter Facebook instagram pinterest