ECONOMIA Inflação atingirá pico em abril ou maio, diz presidente do Banco Central Publicada em 12/02/2022 às 08:44 A inflação no acumulado de 12 meses atingirá o pico em abril ou maio, disse hoje (11) o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Segundo ele, a quebra de algumas safras e a alta do petróleo no início do ano fizeram o BC ajustar as estimativas. Até recentemente, o Banco Central acreditava que a inflação atingiria o ponto mais alto em janeiro e fevereiro, antes de começar a desacelerar. Para ele, o Brasil está sendo pressionado por fatores internacionais, mas a inflação brasileira tem peculiaridades, com os preços de energia e de combustíveis subindo mais que no resto do mundo. O presidente do Banco Central apresentou uma estimativa segundo a qual o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA - a inflação oficial do país) estaria em 6,7% nos 12 meses terminados em janeiro se os custos de energia e de combustíveis estivessem na média de outros países. No mês passado, o índice estava em 10,38% no acumulado de 12 meses. Campos Neto deu as declarações em evento promovido pelo grupo Esfera Brasil, que reúne empresários e empreendedores. Ele disse que o aumento da inflação no mundo não decorre de problemas de oferta, mas de deslocamento de demanda após a retomada econômica em vários países após as fases mais agudas da pandemia de covid-19. “Quando olhamos os gargalos, não dá para dizer que é [escassez de] oferta com a produção crescendo tanto. Quem acreditava que era um problema de oferta está revendo”, afirmou. “Houve deslocamento não só na demanda por bens, mas também por energia. A produção de bens gasta seis vezes mais energia”, acrescentou. Juros Para o presidente do BC, o Brasil está na frente no processo de aperto monetário em relação à maioria dos países, que estão com juros ainda abaixo do nível neutro (que não segura a inflação). “O Brasil saiu na frente na alta de juros. Vamos usar todas as nossas ferramentas para trazer a inflação para a meta”, assegurou. Em referência à proposta de emenda à Constituição para desonerar os tributos federais sobre os combustíveis, o presidente do BC disse que medidas que diminuem os preços no curto prazo são insuficientes para segurar a inflação e podem resultar em aumentos futuros de juros. “Deixamos bem claro que medidas fiscais de curto prazo não têm efeito estrutural sobre a inflação. Essas medidas não geram otimização no ciclo de política monetária”, advertiu. Fonte: Agência Brasil Leia Também Inflação atingirá pico em abril ou maio, diz presidente do Banco Central Aeroclube de Rondônia abre inscrições para as primeiras turmas de 2022 no Curso de Piloto Privado de Avião PF faz operação para fiscalizar carregamentos de madeira Fiocruz atualiza protocolo de retorno às aulas contra variante Ômicron Coronavírus: Rondônia registra 06 óbitos e 2.415 casos nas últimas 24 horas; números atualizados Twitter Facebook instagram pinterest