OPINIAO DE PRIMEIRA Sinuca de bico: Ieda Chaves não pode ser vice de Marcos Rocha; decisão sobre Cassol é adiada de novo; e a força do MDB Publicada em 28/02/2022 às 08:48 NO AUDITÓRIO SUPERLOTADO DA FIMCA, MARCOS ROCHA E HILDON CHAVES FECHAM PARCERIA PARA O MESMO PALANQUE Surpresa? Só para quem não convive com os bastidores sempre volúveis da política. A aliança entre o governador Marcos Rocha e o prefeito Hildon Chaves, oficializada neste sábado, num encontro no superlotado auditório da Fimca, em Porto Velho, já podia ser prevista, por vários indicativos recentes. Para quem acompanha e compreende a linguagem e as nuances da política local, nada foi inesperado. Separados até recentemente, Hildon e Rocha foram aos poucos se aproximando, até a batida do martelo, aliás, como esse Blog antecipou há dias. A adesão do Prefeito à candidatura de Rocha é das mais importantes, num contexto em que o Governador não teria, na Capital, melhor parceiro a apoiá-lo. Com uma administração elogiada, obras em quase toda a cidade; com Porto Velho melhorando muito durante seu mandato, Hildon começou a receber, nos últimos meses, um apoio gigantesco, vindo do Palácio Rio Madeira/CPA. Primeiro, foi anunciada a liberação de 100 milhões de reais para obras na Capital, tudo recursos do Estado. Agora, se fala que o total poderá chegar a mais de 180 milhões de reais. Que melhor mão estendida poderia esperar o Prefeito de Porto Velho? Rocha também mandou resolver um perrengue de anos: a liberação, para a Prefeitura, do controle sobre a antiquada e deficiente Rodoviária. Agora, tudo está nas mãos do município, que já tem projeto e dinheiro, mais de 20 milhões de reais para a obra, liberados graças a emendas da deputada federal Mariana Carvalho. Construir a nova Rodoviária será um desafio e uma grande conquista para Hildon e seu governo. A parceria, que não surgiu de um dia para o outro, foi sendo consolidada e teve o dedo, importante, do chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, que, aliás, tem se mostrado um personagem com competência e jogo de cintura, colocando muito diálogo e seu talento pessoal, na batalha pela reeleição de Rocha. A aliança política trará a Rocha não só um fortalecimento dos mais sólidos na sua batalha pela reeleição, como, ao mesmo tempo, enfraquecerá as paliçadas de importantes adversários, como, por exemplo, o senador Marcos Rogério, que, caso decidisse concorrer ao Governo, contava com o total aval de Hildon Chaves e dos seus apoiadores. Coloca também uma pedra no caminho de Ivo Cassol, que precisará, certamente, ter ao seu lado, na corrida pela volta ao governo rondoniense, de um grande nome na Capital. No caso de Léo Moraes, a decisão não o afeta, já que é adversário de ambos, ou seja, tanto do Prefeito quanto do Governador, mas deve ter surpreendido Vinicius Miguel, próximo ao Prefeito e que também disputará o Governo. O que se pode dizer, a essas alturas do campeonato, é que a postulação de Marcos Rocha a mais um mandato, começa a se consolidar. Com o apoio de Hildon e de outros 32 prefeitos do Estado, com as costuras políticas que têm sido feitas por Júnior Gonçalves e com grande apoio dentro da Assembleia Legislativa, o governador rondoniense torna-se, sim, um nome dos mais quentes na corrida pelo segundo mandato. SINUCA DE BICO: IEDA CHAVES NÃO PODE SER VICE, PORQUE INVIABILIZARIA UMA CANDIDATURA DE HILDON NO FUTURO Quem seria, nessa nova composição, o nome para completar a chapa de Marcos Rocha? Por enquanto, nada está definido, a não ser que a primeira dama Ieda Chaves não seria a escolhida. Vamos ao raciocínio, para que o prezado leitor entenda a sinuca de bico. Caso Marcos Rocha fosse reeleito, certamente se credenciaria a uma cadeira no Senado. Ficaria dois anos à frente do governo e sairia, em 2025, para estar apto a disputar a eleição em 2026. Com Ieda como vice, nesse raciocínio cheio de elucubrações, ela seria Governadora, até o final do mandato. Se o fosse, seu marido, o prefeito Hildon Chaves, que estaria há dois anos fora de mandato, não poderia concorrer, pela legislação eleitoral. Ieda, portanto, poderá disputar, por exemplo, à Assembleia Legislativa ou à Câmara Federal, mas abriria mão de ser vice, neste contexto, para não prejudicar o futuro político do marido, por causa do vínculo de parentesco. Essa situação foi confirmada pelo mestre em direito eleitoral, o grande advogado Juacy Loura Júnior. Então, do grupo de Hildon, quem poderia compor a chapa com Rocha? Novamente sem qualquer informação concreta, pode-se apenas elucubrar. Um dos nomes mais quentes seria o de Mariana Carvalho, que poderia formar, com o atual Governador, uma dupla fortíssima. Mas Mariana prioriza sua reeleição para a Câmara. Outra possibilidade – e essa também muito viável – seria o atual vice-prefeito, Maurício Carvalho, compor essa dobradinha. Há vários outros nomes, mas, neste momento, o quadro de perspectivas é esse! DECISÃO SOBRE CASSOL TRANSFERIDA NOVAMENTE, DEVE (ATÉ QUE ENFIM!) SER ANUNCIADA DURANTE ESTA SEMANA Mais uma quarta-feira de possibilidades. O Supremo Tribunal Federal deve concluir o julgamento da ADIN relativa ao Fundo Partidário, de mais de 5 bilhões e 700 milhões, o mantendo nesse valor pornográfico. Dos onze ministros, cinco já votaram a favor e apenas um, o próprio relator, André Mendonça, foi contra. Como falta apenas mais um voto para a definição, o assunto está praticamente resolvido. De uma forma lamentável, mas resolvido. Tão logo encerre o capitulo do Fundão que envergonha a grande maioria dos brasileiros, começa a votação da mudança na Lei da Ficha Limpa, que, ao que tudo indica, será positiva para o caso do ex-governador e ex-senador Ivo Cassol e para pelo menos mais seis dezenas de políticos brasileiros, que estarão aptos a participarem da eleição deste ano. Já há pelo menos dois votos favoráveis à nova interpretação da lei, que consideraria que o cumprimento das penas contaria desde a primeira condenação e não mais depois do último recurso definido. Isso daria a Cassol o direito líquido e certo de concorrer ao Governo, em outubro. Sua presença na disputa, obviamente, traria um novo patamar na concorrência onde, hoje, o clima está muito favorável à reeleição de Marcos Rocha. Cassol tem dito a amigos, eleitores e apoiadores que tem dois projetos para esse 2022: eleger-se governador e ajudar a eleger senadora sua irmã, a atual deputada federal Jaqueline Cassol. CONFIRA A COLUNA OPINIÃO DE PRIMEIRA, INTEGRALMENTE, EM SEU LINK ORIGINAL: NO AUDITÓRIO SUPERLOTADO DA FIMCA, MARCOS ROCHA E HILDON CHAVES FECHAM PARCERIA PARA O MESMO PALANQUE Fonte: Sérgio Pires Leia Também Sinuca de bico: Ieda não pode ser vice de Rocha; decisão sobre Cassol é adiada; e a força do MDB Em Santa Luzia do Oeste, Luizinho Goebel entrega mini carregadeira Bobcat com equipamentos Fusão dos grupos de Hildon Chaves e Marcos Rocha afunila a disputa eleitoral de 2022 pelo Governo de Rondônia Prefeito Hildon Chaves realiza entrega veículos para atender a escolas das zonas urbana e rural de Porto Velho Programa de crédito inovador do Deputado Laerte Gomes tem gado como garantia Twitter Facebook instagram pinterest