JUSTIÇA Aécio Neves é absolvido de acusação de receber R$ 2 milhões em propina da J&F Publicada em 11/03/2022 às 09:13 O deputado federal Aécio Neves (PSDB) foi absolvido pela Justiça Federal de São Paulo da acusação de recebimento de R$ 2 milhões em propina de Joesley Batista, da J&F. A decisão é desta quinta-feira (10). Andrea Neves, irmã de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, primo do deputado, e o ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima também foram absolvidos. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), entre fevereiro e maio de 2017, quando Aécio Neves era senador, ele e Andrea Neves solicitaram R$ 2 milhões a Joesley Batista. Em troca, o político atuaria em favor da JBS no Congresso Nacional. De acordo com o MPF, o montante foi pago em quatro parcelas de R$ 500 mil e recebidos por Frederico Pacheco e Mendherson Lima. No entanto, o juiz da 7ª Vara Criminal de São Paulo, Ali Mazloum, considerou que "a denúncia é improcedente" e que "está provada a inexistência do crime de corrupção passiva narrado pela PGR". Para o magistrado, não há provas de que Aécio tenha prometido usar o cargo para beneficiar a J&F em troca de propina. "Ao contrário do que diz a denúncia, no sentido de que havia um histórico de propina entre eles (verdade fosse, certamente haveria outras denúncias a respeito), o que realmente existia - demonstrou a instrução criminal - era um histórico de negócios lícitos", diz um trecho da decisão. Em nota, a defesa de Aécio afirmou que "depois de cinco anos de explorações e injustiças, foi demonstrada a fraude montada por membros da PGR e por delatores que colocou em xeque o estado democrático de direito no país". O procurador da República Rodrigo de Grandis, do MPF, informou que vai recorrer da decisão. O g1 Minas também entrou em contato com o PSDB e aguarda retorno. Relembre Aécio Neves foi gravado por Joesley Batista acertando o pagamento de R$ 2 milhões (ouça abaixo). A gravação foi entregue pelo empresário ao MPF no acordo de delação premiada na Operação Lava Jato. Em um dos trechos da conversa, quando eles falam sobre quem receberia e entregaria o dinheiro, o deputado diz: "Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação". Um vídeo mostra o executivo da J&F, Ricardo Saud, entregando dinheiro a Frederico Pacheco, primo de Aécio Neves. Na ocasião em que foi revelado o conteúdo da delação premiada de executivos da JBS, Aécio alegou que pediu o dinheiro como um empréstimo, em uma transação de caráter particular, para pagar advogados. Em setembro de 2017, os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinaram o afastamento do mandato e o recolhimento noturno de Aécio, então senador, em casa. No mês seguinte, o Senado derrubou a decisão, e Aécio pôde retomar as atividades parlamentares. Fonte: G1 Leia Também Aécio Neves é absolvido de acusação de receber R$ 2 milhões em propina da J&F Justiça do Trabalho, Defensoria Pública do AC e PRF celebram parceria que otimiza recursos públicos e garantem maior acesso à justiça Sindicato dos Trabalhodores no Poder Judiciário-SINJUR alerta sindicalizados e aposentados do PJ/RO sobre golpe dos precatórios Sebrae e CDL realizam evento voltado à autonomia financeira para mulheres Quem Cassol vai apoiar?; Rocha percorrer as cidades; Energisa submete consumidor à humilhação Twitter Facebook instagram pinterest