OPINIÃO Chuvas, alagamentos, BR 364 interditada e exemplo de povo solidário Publicada em 05/03/2022 às 10:33 O final do mês de fevereiro e início de março foram difíceis para a população de Rondônia e do Acre. As fortes e constantes chuvas do período de inverno amazônico, quando chove torrencialmente quase que todos os dias, durante cerca de seis meses interrompeu o trânsito na mais importante e movimentada rodovia federal do Estado, a BR 364. Durante mais de uma semana pessoal do Departamento Nacional de Infraestrutura-Dnit, governo do Estado com equipe do Departamento de Estradas de Rodagem-DER e prefeituras trabalharam duro no levantamento da pista às imediações de Ariquemes, que estava bloqueada em razão de alagamento da pista impedindo totalmente o trânsito de veículos, mesmo os de portes mais elevados. E nesse momento de dificuldades, quando boa parte de Rondônia e do Estado do Acre ficaram isolados das demais regiões do País, via rodoviária, ficou evidente a importância da união, do companheirismo, da preocupação com o próximo. Com o esforço hercúleo de todos foi possível elevar o local alagado e, três dias, após o fechamento total da BR 364 o trânsito foi liberado, mesmo que precariamente, com abertura e fechamento de uma parte da pista de forma alternada garantindo o ir e vir dos veículos. Méritos para o pessoal do Dnit, do governo do Estado, das prefeituras e também da Assembleia Legislativa (Ale) e câmaras de vereadores, pois o problema não foi somente a interdição da 364. Vários municípios como Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno, Jaru e Ariquemes tiveram problemas com enchentes dos rios, que banham as cidades desalojando famílias e criando sérios problemas sociais. A situação da BR 364, situação já solucionada com a abertura do trecho alagado, após a realização das obras de elevação da pista, foi um dos problemas enfrentados pela população de Rondônia, com reflexos no Acre. Nos municípios já citados (Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno, Jaru e Ariquemes), várias famílias tiveram as casas invadidas pelas águas dos rios que banham as cidades, que transbordaram. Perderam móveis, utensílios domésticos, roupas, alimentos, além do transtorno de ter que abandonar o local. O momento difícil com a interdição da BR 364 e alagamento em várias cidades, se provocaram transtornos à população, também demonstrou a solidariedade do povo de Rondônia. O governador Marcos Rocha (União Brasil), que recebeu críticas, porque não compareceu no local de alagamento da BR e nas cidades onde ocorreram o fenômeno natural, foi parceiro, deu assistência com o pessoal do DER e atendeu os prefeitos que tiveram problemas com alagamento. Não fez nenhum favor, e sim a obrigação, mas foi presente, não omisso. O trabalho 24 horas dos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) merece destaque, pois em nenhum momento a população deixou de saber o que estava ocorrendo. A divulgação das ações, que estavam sendo executadas para amenizar a situação foi exemplar, digno de uma área de comunicação preocupada com a informação sem distorção. Os prefeitos foram atuantes, como Adailton Fúria (PSD), de Cacoal; Isaú Fonseca (MDB) de Ji-Paraná e Carla Redano (Patriota) de Ariquemes. Vereadores e deputados (federais e estaduais) também deram sua parcela de contribuição na luta para amenizar os problemas causados à população com as chuvas em excesso e a interdição da BR. Não é possível citar nomes de empresas e voluntários, que participaram na luta contra as enchentes em Rondônia, que provocou, inclusive, a abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Samuel, em Candeias do Jamari, devido ao elevado volume de água, por questões de segurança. A situação crítica dos alagamentos em várias cidades e a interdição da BR 364, também devido as chuvas precisa ser revista pelos governos (federal e estadual) e prefeituras. A população ribeirinha dos municípios deve ser mais bem assistidas, orientadas, sobre o risco de morar nos locais mais sujeitos a alagamentos devido ao excesso de chuvas. Já a situação da BR 364 precisa ser estudada com o máximo de atenção, pois não se limita a interdição, mas sim a precariedade da rodovia considerada um “Corredor da Morte”, devido aos inúmeros acidentes, a maioria fatal devido a precariedade da pista. Em períodos de safras de grãos (soja e milho) o volume de tráfego de veículos pesados (carretas, bitrens e treminhões) é elevado, superior a 2,5 mil/dia no trecho entre Vilhena, na divisa o Mato Grosso a Porto Velho, com cerca de 700 quilômetros, onde há o porto graneleiro no rio Madeira, canal da exportação da produção agrícola do Estado, inclusive de boa parte das safras de grãos do Mato Grosso. A 364 foi inaugurada pelo ex-presidente da República João Figueiredo, na década de 80. O piso e o alicerce foram construídos para o volume de tráfego da época, ínfimo, bem diferente de hoje. A rodovia precisa, e deve ser totalmente restaurada e posteriormente duplicada, para que possa atender a demanda de veículos. Enquanto a restauração e duplicação não chegam, o “Corredor da Morte” continua contabilizando vítimas. Fonte: Waldir Costa / Rondônia Dinâmica Leia Também Rota Ecológica promove walking tour no Parque Natural de Porto Velho Vacina contra a Covid também está disponível pela manhã; novo calendário passa a ser adotado a partir de segunda (7) Macron denuncia 'cinismo moral e político' de Putin sobre corredores humanitários na Ucrânia Ministério Público participa da Semana Justiça Pela Paz em Casa Em comemoração do Dia da Mulher, OAB empossa 5 mulheres presidentes de Subseções e realiza evento “Advogada é incrível e eu posso provar” em Porto Velho Twitter Facebook instagram pinterest