EDUCAÇÃO Estudantes do IFRO Campus Colorado são medalhistas em Olimpíada de História Publicada em 21/03/2022 às 16:06 Duas equipes de alunos do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Colorado do Oeste, se classificaram para a final da 13ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB 2021). A competição iniciou em maio do ano passado com 9.398 equipes inscritas em todo o Brasil. De Rondônia eram 46 equipes. A equipe “IFROlímpicos” foi composta pelos estudantes Gabriela Spibida Gauze (do 2º ano), Mateus Longhi (3º ano) e Taynara Oliveira da Silva (1º ano). E a segunda equipe, “Sentinelas Avançadas” estavam os alunos do 2º ano: Maria Vitória Missiatto de Souza, Natália Saldanha Balbinot e Sthefanny Mami Matsubara Ywamoto. Para a final, se classificaram 415 equipes, sendo as duas equipes do IFRO Colorado as únicas representantes do estado de Rondônia. A IFROlímpicos alcançou o melhor rendimento, com 88,89% de aproveitamento, sendo 3.555,83 de 4.000 pontos possíveis. E as Sentinelas Avançadas tiveram aproveitamento de 81,36%, ou seja, 3.254,46 pontos de 4.000 possíveis. Desde 2008, em sua criação, a ONHB é disputada de forma on-line, a partir do mês de maio, com 6 fases, mais a grande final. Taynara Oliveira comemora: “nossa, é um misto de sentimentos, gratidão, orgulho, felicidade. Foi incrível participar e conseguir chegar até o final de uma Olimpíada tão disputada como a ONHB”. Já Mateus Longhi realça “a possibilidade de aprender mais, ampliar meus conhecimentos em História e também desenvolver melhor a leitura e interpretação de textos que me ajudou em outras disciplinas”. A Professora Marciane de Souza foi quem acompanhou as equipes desde a inscrição. Ela avalia que “ter duas equipes finalistas em uma olimpíada de conhecimento como a ONHB é uma conquista profissional. São milhares de estudantes e docentes do Brasil todo com uma hegemonia da região Nordeste em envio de finalistas. Estar lá é ter certeza que estou no caminho certo em meu trabalho como professora e historiadora”. Conforme a docente, foram desenvolvidas atividades de diálogo e orientação das equipes em cada uma das fases da ONHB, todas por meio remoto devido à pandemia. “Cada equipe tinha um grupo em aplicativo de comunicação e ali os debates iam ocorrendo, novas fontes eram levantadas e novas análises dialogadas e a equipe decidia quais opções iriam marcar nas questões. Tínhamos também dois encontros em sala virtual para os últimos alinhamentos antes da entrega definitiva de cada fase. Participar da ONHB é muito intenso, pois cada questão te leva a pesquisar sobre a temática apresentada e uma questão pode levar horas de análise, mas é muito gratificante ver os estudantes nesta busca pelas fontes, realizando análises e comparando cada abordagem, isso tira eles do lugar comum e os coloca como questionadores do status quo”, comenta Marciane. A estudante Taynara Oliveira conta como foi o trabalho: “primeiro cada um da equipe estudava sozinho as questões e por conta da pandemia nos reuníamos em uma sala virtual, equipe e professora orientadora. Repassávamos todas as questões, debatíamos as respostas escolhidas por cada um, buscando a alternativa com maior pontuação por meio de argumentação válida e embasada nas fontes. Cada questão exigia muito de nós, e conciliar todas as outras atividades e responsabilidades foi difícil, pois faltava tempo para fazermos exatamente da forma que queríamos, porém tivemos sucesso e estou muito feliz por nossa conquista”. Para Gabriela Gauze é importante que os estudantes conheçam a competição. “Participem! Ao contrário da maioria das provas e olimpíadas, a ONHB não é conteudista e não exige um alto conhecimento da história, pelo contrário, ela te ensina ao longo das provas, você precisa pesquisar, comparar e saber interpretar por trás do que está escrito, portanto não tenham medo de participar”, convoca a estudante. Neste ano de 2022, Gabriela tem uma nova equipe formada: “As três mulheres de Evelyn Hugo”. “Um membro [que] terminou o ensino médio”, explica, também mostrando que o nome da equipe é referência a uma obra literária que as participantes já leram e gostaram. Histórico A Professora de História do Campus Colorado do Oeste, Marciane de Souza, relembra que conheceu a ONHB na época em que foi professora substituta do IFMT (Instituto Federal do Mato Grosso), em 2015. Ao ingressar no IFRO como professora efetiva, em 2019, o primeiro projeto de ensino que propôs foi de participação na Olimpíada daquele ano. “Tivemos 8 equipes que se esforçaram e avançaram até a quinta fase, alguns ficam tristes por não chegar na final, porém os conscientizo que as medalhas são consequência, pois a metodologia desta olimpíada está alicerçada na construção do conhecimento ao longo do processo, bem diferente da maioria das demais, onde o estudante necessita conhecimentos prévios para ser bem classificado. No ano seguinte algumas equipes se inscreveram novamente e um exemplo é o estudante Mateus Longhi, no ano de 2020, sua equipe foi eliminada da terceira fase e em 2021 foi finalista”, recorda. Segundo avaliação da docente, a “Olimpíada é para todos e todas, apaixonados ou nem tanto por história. Ela tira você do lugar comum, provoca, incomoda e te faz refletir sobre o seu lugar na história, te remove da plateia e te coloca como protagonista, como sujeito histórico, aquele que age e transforma”. Mais que isso, Marciane verifica ganhos de aprendizado em outras áreas pessoais e acadêmicas. “Para além da parte de transformação como sujeito social os estudantes participantes que fizeram Enem conseguem melhorar muito seu desempenho na prova de ciências humanas e na redação, pois seu arcabouço argumentativo se expande. Maiara Bellé, egressa do médio de 2021, foi olímpica em 2020 e 2021 e agora é caloura em Arquitetura e Urbanismo no IFRO Vilhena, a sua nota na redação do Enem foi 860. Outras estudantes participaram de seleções em universidades estrangeiras e foram aprovadas, Eduarda Caroline Machado de Souza, turma 2020 e Isadora Saldanha Balbinot, turma 2021”, conclui. Fonte: ASCOM/IFRO Leia Também Estudantes do IFRO Campus Colorado são medalhistas em Olimpíada de História Ministério lança campanha para identificar internados em abrigos Presidente Márcio Nogueira destaca promessa de cidadania da CF durante entrega de credenciais a mais de 80 novos advogados Ucrânia: Guerra pode gerar crise alimentar severa no Sudão Primeiras 20 toneladas de tambaqui de Rondônia chegam aos Estados Unidos em abril Twitter Facebook instagram pinterest