Guajará-Mirim Ministério Público discute ações integradas com entidades e instituições contra as invasões e desmatamento no Parque Estadual de Guajará-Mirim Publicada em 17/03/2022 às 14:02 O Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (GAEMA) e da 2ª Promotoria de Justiça de Guajará-Mirim, promoveu ontem (16/3) uma reunião com representantes de órgãos públicos nas esferas estadual e federal na sede do MPRO na Capital. O encontro, coordenado pelo diretor do GAEMA, Promotor de Justiça Pablo Hernandez Viscardi, e pela Promotora de Justiça do Meio Ambiente de Guajará-Mirim, Naiara Ames de Castro Lazzari, foi aberto pelo Procurador-Geral de Justiça, Ivanildo de Oliveira. A reunião foi uma das respostas do GAEMA ao pedido de apoio da Promotoria de Guajará-Mirim, autorizada pelo PGJ, depois de uma investigação sobre o aumento das invasões e do desmatamento ilegal na área do Parque Estadual Guajará-Mirim. A Promotora de Justiça Naiara Ames de Castro Lazzari, que sobrevoou o local duas vezes, detalhou em fotos e vídeos, o visível aumento das áreas destruídas dentro do Parque com ações arquitetadas por grupos criminosos organizados na região, e manifestou imensa preocupação com novos acontecimentos, que ultrapassam os limites da tutela ambiental, como os ataques a grupos de fiscalização ambiental e policiais. Foram pelo menos 2 (dois) atentados de dezembro de 2021 até agora, que resultaram até em agentes feridos. “Tais investidas merecem uma resposta do Poder Público”, disse a Promotora de Justiça, complementando a fala com a necessidade de desenvolver ações articuladas com todos os atores envolvidos direta ou indiretamente com a situação. Em 2020, o aumento das invasões foi observado com mais ênfase. À época, uma Ação Civil Pública elaborada entre o MPRO e a PGE resultou numa atividade de desintrusão em junho de 2021. No entanto, de acordo com as investigações, os invasores rapidamente voltaram. O diretor do GAEMA, Promotor de Justiça, Pablo Hernandez Viscardi, explicou que essas atividades ilegais e os ataques promovidos por grupos criminosos podem ser interpretados como afronta ao Poder Público constituído. O objetivo da reunião foi debater com todos os participantes o atual cenário das invasões no Parque e discutir propostas, articulando ações integradas entre todos os atores envolvidos pra lidar da melhor forma possível com a situação, que cada vez ganha proporções mais preocupantes. “Temos que pensar juntos para darmos uma pronta resposta à sociedade sobre essas invasões, desmatamentos e exploração ilegal de minérios e outras riquezas naturais”, pontuou o Promotor de Justiça. De acordo com os dados da PGE, apresentados na reunião, o Parque Estadual Guajará-Mirim, criado em 1990, já perdeu pelo menos 10 (dez) por cento da área total, que passa dos 220 (duzentos e vinte) mil hectares, e teve um aumento substancial de invasões entre abril de 2021 e outubro de 2021 com derrubada de 3.986 hectares, segundo dados do satélite Imazon. Esse foi justamente o período em que foi criada a lei que aprovou a redução dos limites do Parque e que perdeu a eficácia depois de ser considerada inconstitucional pela justiça, que acatou a Ação Direta de Inconstitucionalidade do MPRO, em novembro do ano passado. Participaram da reunião o Diretor do CAOP Unificado e Coordenador da Força-Tarefa de Conflitos Agrários do MPRO, Promotor de Justiça Héverton Alves de Aguiar, a Diretora do CAEJ/MPRO, Promotora de Justiça, Valéria Giumelli Canestrini; a Procuradora da República do MPF, Gisele Dias de Oliveira Bleggi Cunha; o Delegado de Polícia Federal de Porto Velho, Alan Wagner Nascimento Givigi; o Delegado de Polícia Federal de Guajará-Mirim; Lucas Emanuel P. Montenegro; o Delegado de Polícia Civil (DRACO), Iury de Medeiros Brasileiro; Representantes da ABIN; o Secretário Adjunto da SEDAM, Coronel PM Demargli Costa Farias; o Coordenador das Unidades de Conservação da SEDAM, Fábio Farias; o Coordenador Substituto das Unidades de Conservação da SEDAM, Thales Quintão Chagas; 17ª Brigada de Infantaria e Selva, Major Rodrigo Pedroso; o Comandante-Geral da Polícia Militar, Coronel James Alves Padilha; o Tenente PM Mozer Oliveira Rodrigues; Procuradores Ambientais do Estado de Rondônia – PGE/RO, Matheus Carvalho Dantas e Antonio Isac Nunes Cavalcante de Astrê; o Comandante do Batalhão de Polícia Ambiental, Major Adenilson S. Chagas; o Diretor Técnico de Políticas Públicas da SEAS/RO, Bruno Vinícius Fontinelle Benitez e o Presidente da IDARON, Arlindo Carvalho dos Santos. Fonte: DCI/MPRO Leia Também MP discute ações integradas com entidades e instituições contra as invasões e desmatamento no Parque Estadual Governo de Rondônia entrega mais de R$ 1 milhão em investimentos para o município de Teixeirópolis Curso de Operações de Segurança com Drones atende órgãos da Segurança Pública em Rondônia Plataformas digitais não comprovam padrões mínimos de trabalho decente População deve priorizar canais remotos da Emdur após interrupção do Call Center Twitter Facebook instagram pinterest