ECONOMIA Copom está pronto para enfrentar inflação maior, diz presidente do BC Publicada em 22/04/2022 às 14:21 O Banco Central (BC) está pronto para aumentar os juros mais do que o previsto caso a inflação seja maior ou mais persistente que o esperado, disse o presidente do órgão, Roberto Campos Neto. Em viagem aos Estados Unidos, ele repetiu que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar a taxa Selic (juros básicos da economia) para 12,75% ao ano na próxima reunião, em maio, mas deu a entender que ajustes adicionais podem ocorrer. “O Copom avalia que o momento exige serenidade para avaliar o tamanho e a duração dos choques atuais. [O comitê] persistirá em sua estratégia até que o processo de desinflação e a ancoragem das expectativas em torno de suas metas se consolide”, declarou Campos Neto em apresentação a investidores. Com a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) no maior nível desde 1994, Campos Neto repetiu declarações recentes de que o BC está aberto a revisar o cenário de política monetária. Originalmente, estava previsto que o Copom elevaria os juros dos atuais 11,75% ao ano para 12,75% ao ano no próximo mês. Com a persistência da inflação, uma elevação adicional não está descartada para a reunião do Copom em junho. “O Copom ressalta que seus futuros passos de política monetária poderão ser ajustados para garantir a convergência da inflação para suas metas e dependerá da evolução da atividade econômica, no balanço de riscos e nas expectativas e projeções de inflação para o horizonte relevante à política monetária”, acrescentou Campos Neto, que está em Washington para reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e do G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta). Guerra Na apresentação, divulgada aos jornalistas, Campos Neto afirmou que a guerra entre Rússia e Ucrânia pode agravar as pressões sobre a inflação em todo o planeta. De acordo com ele, os preços estão sujeitos a sofrer efeitos, tanto países desenvolvidos como em desenvolvimento, estão sofrendo com os impactos econômicos do conflito. Segundo ele, a guerra pode atrasar a transição para uma economia verde. Isso porque que diversos países têm de recorrer a combustíveis fósseis no curto prazo para suprir a falta do gás natural russo e à escassez de insumos dependentes do petróleo, como fertilizantes. Fonte: Agência Brasil Leia Também Copom está pronto para enfrentar inflação maior, diz presidente do BC Inep divulga hoje resultado de pedidos de isenção para o Enem 2022 Covid-19: ministro da saúde oficializa fim de emergência sanitária Interação e esclarecimento sobre o teletrabalho com participação de mais de 260 agentes do TCE e MPC 2ª Câmara Especial mantém sentença que condenou Estado a indenizar familiares de policial morto em serviço Twitter Facebook instagram pinterest