DECLARAÇÃO Ministro diz que agressão da Rússia à Ucrânia é inadmissível Publicada em 06/04/2022 às 14:26 O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, classificou, nesta quarta-feira (6), como inadmissível a agressão da Rússia à Ucrânia. Cobrado sobre uma posição clara do Brasil em relação ao conflito em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, França rechaçou críticas de que o Brasil tenha uma posição dúbia sobre o tema. “No caso desse conflito, nós temos um lado claro, que é a paz mundial. A agressão é inadmissível. No momento em que há um conflito armado e a invasão de território, nós entendemos que a Rússia cruzou uma linha vermelha. Quanto a isso não há dúvida em relação à posição do Brasil. O lado do Brasil está muito claro. É a defesa do interesse nacional e a busca pela paz. E essa posição é respeitada aí fora”, afirmou. Ainda segundo o chanceler, o governo brasileiro defende o “imediato cessar fogo” e “a proteção de civis e a garantia de acesso à assistência humanitária” às vítimas da guerra. Abstenção Sobre a decisão do governo brasileiro de se abster em uma resolução contra a Rússia, analisada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no mês passado, Carlos França disse que a posição foi tomada pelo fato do governo brasileiro acreditar que o único foro adequado para essas discussões é o Conselho de Segurança da ONU. “É perigoso para o sistema multilateral que organizações passem a tratar e a legislar sobre matérias que são estranhas à sua competência. Senão amanhã, talvez, a Organização Internacional do Trabalho [OIT] e a Organização Mundial de Propriedade Intelectual podem querer fazer uma resolução condenando o Brasil em questões de meio ambiente”, defendeu, lembrando que o documento foi aprovado por 33 votos e com um alto número abstenções, 24. A resolução, proposta pelos países ocidentais, denuncia que "vários edifícios educacionais já foram destruídos ou danificados [na Ucrânia], como o edifício da Universidade Nacional Karazin, em Kharkiv". Sanções econômicas O ministro Carlos França voltou a criticar sanções econômicas que países do Ocidente impuseram à Rússia como forma de pressionar por um cessar-fogo. “Eu entendo o uso de sanções pela Europa e pelos Estados Unidos. Era a arma que eles tinham naquele momento para se contrapor ao conflito. No entanto, não posso deixar de estranhar o fato da seletividade das sanções”, disse. França discordou de comentários vindos de embaixadores europeus de que se Brasil aderir logo às sanções, como os outros países, o mundo teria o fim mais rápido do conflito. “A própria Alemanha sofre com a possibilidade de deixar de contar com energia do combustível russo para sua indústria, para aquecimento de sua população, para geração de energia. Se até esses países têm dificuldade, que dirá o Brasil que depende dos fertilizantes para manter girando o motor muito pujante que é o do agronegócio”, disse. Ainda segundo o ministro, as sanções tendem a atender os interesses de um grupo pequeno de países, prejudicando a larga maioria, que depende de insumos básicos. Do ponto de vista econômico, França admitiu que a principal preocupação do governo brasileiro está ligada ao fornecimento de fertilizantes. “São indispensáveis para agricultura e para segurança alimentar do mundo”, ressaltou. Fonte: Agência Brasil Leia Também Ministro diz que agressão da Rússia à Ucrânia é inadmissível Cursos técnicos gratuitos do Idep têm inscrições abertas em três municípios de Rondônia MEC lança projeto para aproveitamento de estudos de cursos técnicos Em Porto Velho, Adelino Follador acompanha prefeito de Buritis na Idaron e Energisa Provas para recenseador e agente censitário ocorrem no próximo domingo Twitter Facebook instagram pinterest