POLÍTICA Vantagem de Macron sobre Le Pen nas pesquisas se amplia antes do 2º turno de domingo na França Publicada em 19/04/2022 às 14:44 A liderança do presidente da França, Emmanuel Macron, nas pesquisas de intenção de voto para o segundo turno da eleição presidencial do país, em 24 de abril, aumentou ainda mais nesta terça-feira, com três pesquisas o colocando no nível mais alto desde antes do primeiro turno. Uma pesquisa da Ipsos apontou vitória de Macron com 56,5% dos votos, 0,5 ponto acima de sexta-feira e 3,5 acima dos 53% de 8 de abril, dois dias antes do primeiro turno, no qual Macron e a candidata de extrema-direita Marine Le Pen avançaram para o segundo turno. Uma pesquisa da Opinionway colocou Macron com 56% dos votos, 2 pontos acima de sexta-feira. Em uma pesquisa do Ifop, o apoio a Macron nas intenções de voto subiu para 55%, 0,5 ponto a mais do que na segunda-feira e 3 pontos a mais que no dia 8 de abril. A pontuação média de Macron nas três pesquisas subiu para 55,83%, uma alta de mais de 3 pontos em comparação a uma média de 52,7% de cinco pesquisas em 8 de abril. Macron venceu as eleições de 2017 com 66,1% dos votos, também contra Le Pen, mas a corrida agora está muito mais apertada, com Macron sofrendo com críticas por sua gestão da crise da Covid-19 e por suas políticas econômicas. Debate entre os dois candidatos Os dois reservaram esta terça-feira (19) para a preparação do crucial debate televisivo de quarta (20), com a esperança de fazer pender a balança presidencial a seu favor, a cinco dias do segundo turno na França. "Vou me preparar para o debate em minha casa, como faço para todos os debates", disse Marine Le Pen, que na segunda-feira se encontrou com eleitores na Normandia, no noroeste do país, antes de encarar a reta final de sua terceira campanha presidencial. O debate de 2017 foi terrível para a candidata de extrema-direita, criticada por ser agressiva e estar despreparada na ocasião. Poucos dias depois, ela admitiu um erro estratégico, um mea culpa que reiterou na atual campanha. Macron aproveitou a segunda-feira de Páscoa, feriado na França, para conceder três entrevistas a emissoras de rádio e televisão, nas quais chamou a atenção para dois assuntos: a abstenção de eleitores e as consequências de uma eventual chegada da extrema-direita ao poder. "Pensem no que falavam os cidadãos britânicos algumas horas antes do Brexit ou nos Estados Unidos antes da votação em (Donald) Trump: 'Não vou comparecer, qual o sentido?' Posso dizer que no dia seguinte se arrependeram", afirmou ao ele canal France 5. Macron tem tentado caracterizar Le Pen como uma radical. No primeiro turno, ela conseguiu evitar a a imagem de política radical ao evitar temas como a migração ou a segurança. Após um primeiro turno discreto e no qual se apresentou como defensora do poder aquisitivo, Le Pen, 53 anos, busca agora tranquilizar os franceses sobre seu eventual governo. Ela afirma, por exemplo, que comandará a França como uma "mãe de família". Novo impulso O debate programado para a noite de quarta-feira será mediado pelos jornalistas Gilles Bouleau, do canal privado TF1, e Léa Salamé, do canal público France 2. Esse será o primeiro dessas eleições que vai contar com Macron, que se recusou a encontrar os rivais no primeiro turno. Candidatos que ficaram para trás Os candidatos desejam atrair os adeptos do esquerdista Jean-Luc Mélenchon, o terceiro mais votado no primeiro turno (21,9%) e que pediu a seus eleitores que não concedam nenhum voto a Le Pen, mas sem pedir voto diretamente para Macron. Com base neste apelo, uma pesquisa entre mais de 200 mil pessoas que apoiaram a candidatura de Mélenchon mostrou dois terços a favor do voto nulo, em branco ou da abstenção no segundo turno. O terço restante defendeu o voto no atual presidente. Para tentar convencê-los, Macron deu um passo atrás em sua principal proposta - aumentar a idade mínima da aposentadoria de 62 a 65 anos. Um dia após o primeiro turno, ele se declarou aberto a aumentar para 64 anos. Ele também tenta se livrar da imagem de "presidente dos ricos" e se apresenta, há algumas semanas, como alguém próximo. Uma das demonstrações mais recentes é uma fotografia sem camisa, deitado em um sofá, depois de um comício em Marselha. A maioria dos candidatos derrotados no primeiro turno pediu voto para Macron ou contra Le Pen. Esta última também tem a rejeição de sindicatos, atletas e atores A cinco dias do segundo turno, o presidente recebeu o apoio de seu pai, Jean-Michel Macron, que em uma entrevista ao jornal "L'Est républicain" disse que tem "muita admiração" por seu filho e que os franceses são "muito ingratos" a respeito de seu primeiro mandato. Se Macron for reeleito, o primeiro-ministro, Jean Castex, anunciou que apresentaria a demissão do governo alguns dias depois, sem esperar as eleições legislativas de maio, porque na sua opinião é necessário um "novo impulso". Fonte: G1 Leia Também Vantagem de Macron sobre Le Pen nas pesquisas se amplia antes do 2º turno Inep inicia aplicação do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes 2022 CDH do Senado solicita ao STM áudios de sessões da época da ditadura Olimpíada Mirim de Matemática abrange alunos do 2º ao 5º do funamental Mercado de soluções 5G no Brasil deve chegar a R$ 101 bilhões Twitter Facebook instagram pinterest