COMBATE A VIOLÊNCIA Mortes juvenis atingiram 50% dos assassinatos no Brasil em dez anos, alerta MP ao cobrar políticas em favor desse público na ALE Publicada em 20/05/2022 às 12:23 O Brasil registrou mais de 628 mil assassinatos, no período de 2008 a 2018, tendo as mortes juvenis atingido a média de 50% do total desses óbitos, perfazendo um cenário que denuncia a deficiência das políticas públicas em favor desta fatia da sociedade. Os números foram apresentados pelo Ministério Público de Rondônia, nesta quinta-feira (19/5), em audiência pública realizada pelo Poder Legislativo, com o objetivo de debater uma construção coletiva de ações para o público. Ao fazer uso da palavra no evento, a coordenadora do Grupo de Atuação Especial Infância (GAEINF), Promotora de Justiça Tânia Garcia Santiago, destacou a gravidade dos dados, afirmando ser fundamental que também se faça uma análise sobre o recorte de gênero e raça para uma melhor visão do cenário social da violência. “Quando verificamos os números, vemos uma diferença correspondente à raça, à faixa etária - quanto mais jovem, maior índice de letalidade, e a gênero”, afirmou. A integrante do MP propôs um olhar sob a perspectiva da mulher jovem como vítima desses crimes, ressaltando que, apesar de serem os homens a apresentarem maior registro dentro desse público, a mulher jovem tem sofrido intensamente em relação à violência de gênero. “Eu chamo atenção para o feminicídio, um tipo penal do gênero feminino, que tem circunstâncias próprias. O número de mulheres jovens que morrem em circunstâncias que envolvem questões afetivas e relações interpessoais é muito superior ao dos homens. Precisamos ficar atentos a isso”, disse. Fazendo menção ao Dia 18 de Maio, data de mobilização ao combate à violência sexual de crianças e adolescentes, a Promotora de Justiça acrescentou a necessidade do enfrentamento, conscientização e denúncias deste tipo de crime. Dados - Ainda ao abordar as estatísticas, Tânia Santiago falou sobre a importância da implementação de políticas públicas que favoreçam, impulsionem e empoderem a juventude. Na ocasião, parabenizou a Casa de Leis pela realização da audiência, intitulada ‘A juventude Vai Falar’, por dar voz a representantes de diversos segmentados, que, presentes ao evento, expuseram suas causas e reivindicações. “Não há nada mais revigorante do que ouvir, nesse espaço de fala, adolescentes e jovens exporem e cobrarem seus direitos. Enquanto Promotora de Justiça, defendo que precisamos de uma sociedade mobilizada, que ocupe seu espaço e que legitime nossa ação. Contem com o Ministério Público”. Proposta pelo Deputado Lazinho da Fetagro, a audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa foi realizada para debater e propor políticas públicas inclusivas para a juventude do campo e da cidade. A atividade reuniu, além de autoridades e jovens, alunos das escolas João Bento da Costa e Murilo Braga. Gerência de Comunicação Integrada - GCI Fonte: MP-RO Leia Também Mortes juvenis atingiram 50% dos assassinatos no Brasil em dez anos, alerta MP ao cobrar políticas em favor desse público na ALE Vacinação contra a covid-19 nos distritos ocorre no fim de semana em Porto Velho Serviços essenciais serão mantidos no Feriado Municipal de 24 de maio em Porto Velho Semosp constrói estacionamento na Unidade Básica de Saúde Nova Brasília Oito aprovados no concurso realizado em 2021 tomam posse no TJRO Twitter Facebook instagram pinterest