AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ALE Auditores do TCE-RO apresentaram planejamento de auditoria operacional que será realizada no âmbito da educação inclusiva Publicada em 27/06/2022 às 13:20 A educação inclusiva no estado foi tema de uma audiência pública na Assembleia Legislativa, na última sexta-feira (24). O evento foi proposto pelo deputado Cirone Deiró (União Brasil) e dá sequência aos trabalhos iniciados, em parceria com o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), em março deste ano. A partir de uma solicitação de Cirone Deiró, que já trabalha por essa causa há anos, o TCE-RO irá realizar uma auditoria operacional sobre a educação inclusiva em Rondônia. Para isso, o órgão elaborou um planejamento, que começou a ser confeccionado numa audiência pública ocorrida em março, a partir das contribuições de pais, profissionais e entidades envolvidas na área da educação e autoridades do estado. Na audiência da sexta-feira, os auditores do TCE-RO apresentaram o planejamento, com o objetivo de receber sugestões como forma de aprimoramento da auditoria operacional. No início do evento, compuseram a mesa: o deputado Cirone Deiró; o presidente do TCE-RO, conselheiro Paulo Curi Neto; a procuradora geral, Yvonete Fontinelle de Melo, representando o Ministério Público de Contas do estado e o promotor de justiça Julian Farago, da promotoria de educação do Ministério Público do estado. Também estiveram na mesa, a promotora Joice Gushy Mota, da promotoria de defesa da pessoa com deficiência; a secretária municipal de educação de Porto Velho, Glaucia Negreiros, representando a União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Udime) e o presidente da comissão especial de defesa das pessoas com deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – RO), Péterson Henrique. A coordenadora da equipe de auditoria do TCE-RO, Vanessa Pires Valente, começou explicando o desenvolvimento dos trabalhos. Ressaltou que “auditoria operacional é o exame independente, objetivo e confiável que analisa se empreendimentos, sistemas, operações, programas, atividades ou organizações do governo estão funcionando de acordo com os princípios da economicidade, eficiência, eficácia e efetividade e se há espaço para aperfeiçoamento”. A coordenadora explicou que uma auditoria operacional é construída por ciclos. A primeira fase é a seleção do tema; esse foi definido em março, durante a audiência pública sobre inclusão no ensino. A etapa seguinte é o planejamento, que está sendo encerrado na audiência desta sexta-feira, 24. As fases seguintes são: execução, relatório, comentário do gestor, apreciação, divulgação e monitoramento. Durante o planejamento, foram coletadas informações da audiência de março, realizados estudos, pesquisas e entrevistas a diversos especialistas, grupo de mães, além de visitas a unidades de ensino. Vanessa ainda expôs a metodologia utilizada no planejamento e, com isso, já foi possível identificar alguns problemas como: indefinição normativa quanto ao papel a ser assumido pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) para oferecer educação inclusiva de resultados; orçamento e recurso financeiro insuficientes para atender especificamente à demanda atual por educação especial, na perspectiva inclusiva, entre outros. A diretora pedagógica da Associação de Pais e Amigos do Autista de Rondônia (AMA), Jeieli Oliveira, uma das instituições que participou da audiência, explicou como o trabalho da associação funciona e que busca contribuir com as políticas públicas de educação inclusiva no Estado. A AMA foi criada com a finalidade de proporcionar à pessoa autista uma vida digna que ajuda os pais a proporcionar aos filhos maior independência e autonomia. “O centro educacional especializado é diferente da rede regular de ensino. Trabalhamos com atividades de autonomia desses alunos, levando em consideração, o potencial individual da pessoa com autismo, promovendo a sua inclusão e tornando-a funcional para a convivência em sociedade”, explicou. Sem sede própria e com doações, a maior dificuldade da entidade é atender a demanda de pais que procuram, diariamente, ajuda. Além dos atendimentos nas áreas da educação, assistência social, lazer, esporte e outros, a entidade traz em seu estatuto, a defesa, promoção e garantia dos direitos da pessoa com autismo. Profissionais preparados e espaços adaptados foram algumas cobranças. “Leis temos bastante, mas muita coisa precisa ser colocada em prática”, cobrou a psicóloga, Tércia Marília Brasil. Pai de autista, o juiz da 3ª Entrância da Comarca de Porto Velho, Flávio Henrique de Melo reafirmou a importância de discussões sobre o tema. Ele afirma que os direitos estão bem delineados na legislação e o Estado, sociedade e família tem responsabilidade solidária em relação a esses direitos. “Nós temos um direito já constituído e confirmado pelo judiciário. Agora, o que falta? Falta a confirmação. Mas, para efetivar isso, vai voltar naquele começo da minha fala: legitimidade e prioridade", alertou. Ao final dos trabalhos, o relatório pretende avaliar se a política de educação inclusiva em Rondônia está sendo implementada de forma eficiente, eficaz e efetiva. Nesse contexto, a auditoria pode propor recomendações e determinações de melhorias de políticas públicas, além de sugestões de boas práticas. O resultado dessa auditoria está previsto para ser apresentado ainda este ano. A audiência pública pode ser assistida, na íntegra, por meio do canal da Assembleia Legislativa, no YouTube. Fonte: ALE-RO Leia Também TCE-RO apresenta planejamento de auditoria que será realizada no âmbito da educação inclusiva Pontes no distrito São Domingos serão substituídas por tubos corrugados, através de emenda parlamentar Governador Marcos Rocha acompanha a reforma da Praça da Cohab que faz parte do projeto “Governo na Cidade” Jovem que ficou cego após levar “tiro” de amigo no paintball não será indenizado pela empresa Para Marcos Rogério, áudio de ex-ministro isenta Bolsonaro: “Presidente pressentiu busca e apreensão, e não prisão” Twitter Facebook instagram pinterest