'É bom ela estudar', diz Hugo Gross sobre autorização especial que Jade ganhou para atuar

Após Jade Picon ser confirmada para atuar em “Travessia”, próxima novela das 21h da TV Globo, veio à tona toda a polêmica envolvendo o fato da ex-BBB não possuir o registro necessário para trabalhar como atriz. Em entrevista à IstoÉ Gente, o ator Hugo Gross, que é presidente do Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro (SATEDRJ) há quinze anos, explicou como funciona a autorização especial que consegiu para Picon atuar na novela de Gloria Perez.

“Dentro da lei 6533/78 existe uma lacuna onde o Sindicato não pode proibir ninguém de trabalhar, ou seja, não podemos proibir o empresário de entretenimento de contratar alguma pessoa. O que tem que ser feito é dentro da legalidade. O Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro (SATEDRJ) continua lutando pelo registro profissional de ator”, começou Gross.

“No caso dela (Jade Picon), demos uma autorização especial, mas foi uma autorização especifica para um determinado produto e com tempo de validade. Acabou o trabalho, acabou. Ela não terá direito ao registro profissional quando a novela terminar. É bom ela fazer uma faculdade e estudar para voltar a atuar”.

“Quero deixar claro que nós não temos nada contra a Jade Picon, mas temos que cumprir a lei e é o que está sendo feito”, finalizou o presidente do Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro.

Vale lembrar que, assim que vazou que Jade faria parte do folhetim, uma verdadeira polêmica foi gerada devido ela não possuir o registro necessário para trabalhar como atriz. Na época, a IstoÉ Gente conversou com o ator Hugo Gross, que é presidente do Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro (SATEDRJ) há quinze anos, que falou sobre o assunto.

“Não é porque ela é uma pessoa que está despontando na mídia, que tem milhares de seguidores, que ela tem o direto de chegar e simplesmente tomar um espaço de um ator, de um artista que vem trabalhando arduamente. O papel do SATEDRJ é proteger o trabalhador da arte, num pais onde a cultura infelizmente o governo não valoriza. As emissoras também não estão valorizando. É um absurdo isso, a pessoa ter espaço porque tem milhares de seguidores. É totalmente errado”, disse Gross na ocasião.