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OPINIÃO 

“Rambo da Shopee” contra skatistas em Rondônia traz à tona discussão sobre banalização do uso de armas

Publicada em 28/06/2022 às 10:11

Porto Velho, RO – E se “Ricardo” decidir matar “Beatriz” porque ambos discutiram no trânsito? 

E se “Adalberto” atira no peito de “Edvaldo” por conta de um arranca rabo em boteco? 

E se “Luiz” promove um massacre porque adolescentes decidiram passar de bicicleta em cima de seu jardim fixado na fachada na residência?

E se “Adriana” não gostou do tom de voz da colega de trabalho, sua chefe, ao determinar uma tarefa e opta por meter um projétil entre seus olhos?

E se “Gustavo” pisar no pé de “Yan” e acabar assassinado pelo deslize?

E se o filho não gostou do sermão da mãe sobre fazer a lição de casa antes de brincar e escolhe dizimá-la?

E se...? E se...? E se...?

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Dependendo do ponto de vista, qualquer pessoa pode se municiar de justificativas a fim de tentar credenciar o lado mais bestial de sua personalidade, aquela faceta remota que reside nos recôncavos do subconsciente.

O caso relacionado à Capital rondoniense no embate entre o “Rambo da Shopee” e skatistas  denota exatamente isso.

Uma situação-limite em que, por pouco, pouco muito, a sociedade não presenciou verdadeiro banho de sangue por incômodo fortuito.

Os órgãos de fiscalização e controle deveriam ser os primeiros a se manifestar sobre isso. Principalmente se o sujeito for, de fato, instrutor de tiro.

Porém, até agora, só silêncio.

Para a matança se concretizar bastava, portanto, uma fagulha fora do roteiro imaginado pelo homem armado ao assumir a postura de ameaça bélica para confrontar os “destruidores” do seu sossego residencial.

Estaria com a razão em várias circunstâncias se, por exemplo, optasse por uma conversa prévia; ou, mais ainda, chamar a Polícia Militar (PM/RO) para mediar a saída da molecada.

Há lugares de lazer e prática de esporte em Porto Velho, a despeito de poucos e precários, além da baderna e potencial destruição da calçada em frente à moradia do cidadão em questão. Nada disso se discute.

O que se questiona é, na realidade, a proporção. 

Segundo o G1, o número de pessoas com certificado de registro de armas de fogo cresceu 474% durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). 

“Os dados são do Anuário de Segurança Pública, com base em informações do Exército, e levam em consideração registros para atividades de caçador, atirador desportivo e colecionar (CAC) até 1º de julho de 2022. Há ainda outros tipos de registros, que também notificaram crescimento”, anota a reportagem.

Essa atmosfera armamentista traduzida por um setor precário de Segurança Pública carrega consigo preocupações sobre a banalização no uso desse arsenal todo.

Autodefesa? Proteção do patrimônio? 

São indagações que fazem com que tipos como o “Rambo da Shopee”, de Rondônia, se sinta confortável para agir de maneira desmedida na hora de autotutelar seus direitos.

O corpo em riste; cabeça inclinada; peitoral para fora; barriga para dentro; trabuco na bermuda e cromada na mão.

Ele foi à guerra? Enfrentou algum exército? Reagiu a criminosos? Protegeu alguém de mal injusto?

Não!

Confrontou meia-dúzia de adolescentes desarmados andando de skate porque se sentiu incomodado com o barulho em seu calçada. 

E se alguém reagisse ao gesto?

E se após a reação ele atirasse?

E se...?

Fonte: Rondoniadinamica

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