ESTADOS UNIDOS Biden toma medidas para proteger direito ao aborto e se defender de críticas Publicada em 08/07/2022 às 14:17 Será um decreto suficiente para sufocar as críticas? Diante de vozes que consideram que sua resposta para proteger o acesso ao aborto nos Estados Unidos deixa a desejar, Joe Biden toma a iniciativa lançando medidas nesta sexta-feira (8), embora o alcance seja limitado. Segundo um comunicado da Casa Branca, o presidente assinará uma ordem executiva que incluirá uma série de medidas em resposta à recente decisão da Suprema Corte de revogar o direito ao aborto, em vigor nos Estados Unidos desde 1973, deixando nas mãos do estados cedem sobre o assunto. Sete estados conservadores já proibiram o acesso a interrupção voluntária da gravidez (IVG) e é provável que muitos outros sigam seus passos. Para muitos democratas, que nos últimos dias tem expressado sua opinião, a maioria das vezes sob condição de anonimato, Biden e seus assessores não estão à altura desta virada histórica da mais alta corte, que se tornou muito conservadora. - Desconcertado - No dia em que a Suprema Corte tornou pública a decisão, depois de um rascunho vazar para a imprensa, o governo americano parecia desnorteado. O primeiro comunicado do presidente chegou tarde, sendo divulgado inclusive depois da reação de vários chefes de Estados estrangeiros. Enquanto centenas de jornalistas e advogados aguardavam o site da mais alta corte americana, a assessora de imprensa deste dossiê na Casa Branca havia ido, segundo a CNN, tomar um café. Joe Biden deu um breve discurso, com palavras contundentes, para denunciar um "erro histórico" da corte. Revelou as primeiras iniciativas sobre o acesso a pílulas abortivas e o direito das mulheres de viajar para outros estados caso desejem abortar. Mas foi impossivel saber mais. E sua porta-voz, Karine Jean-Pierre, cancelou, sem explicação, a coletiva de imprensa diária. A partida de Biden para uma viagem pela Europa deixou insatisfeitas ativistas e autoridades que esperavam por decisões dramáticas ou, pelo menos, uma resposta agressiva. - Vigilância digital - O democrata de 79 anos tentará dar essa resposta nesta sexta, quando deverá fazer um discurso para detalhar o decreto que busca, entre outras coisas, "proteger informações confidenciais de saúde" e "combater a vigilância digital". Muitos ativistas alertam para o perigo dos dados online, de geolocalização até aplicativos para monitorar ciclos menstruais, que podem ser usados para processar mulheres que abortarem. O texto também planeja proteger clínicas móveis que realizam abortos fora dos estados que o proibiram. A Casa Branca também quer garantir o acesso aos métodos contraceptivos, principalmente à pílula do dia seguinte e ao dispositivo intrauterino (DIU). O governo americano se propõe também a organizar uma rede de advogados voluntários para auxiliar as mulheres na frente legal. Mas esses anúncios tem um alcance limitado. O presidente americano tem pouca margem de manobra contra a Suprema Corte e estados hostis quando lhe falta uma maioria parlamentar sólida. Joe Biden, portanto, pede a seus compatriotas que votem massivamente nos democratas nas eleições legislativas de meio de mandato em novembro. Seu objetivo: conseguir um amplo controle do Congresso para aprovar uma lei federal sobre o direito ao aborto, que anularia as decisões dos estados. Fonte: AFP Leia Também Biden toma medidas para proteger direito ao aborto e se defender de críticas Pesquisa sobre infraestrutura urbana é realizada em distritos do baixo Madeira Comissão Especial dos Ex-Territórios Federais-CEEXT confirma que situação dos professores leigos de Rondônia será resolvida Prefeitura de Porto Velho decreta estado de calamidade em razão do aumento de casos da Covid-19 Estagiários da Semec participam de capacitação sobre o Atendimento aos Alunos com Necessidades Especiais Twitter Facebook instagram pinterest