JUSTIÇA Justiça determina que Maluf pague multa de R$ 2,87 milhões por improbidade Publicada em 04/07/2022 às 16:05 A Justiça de São Paulo determinou nesta segunda-feira (4) que ex-prefeito Paulo Maluf pague uma multa de cerca de R$ 2,87 milhões em cumprimento a uma sentença na qual foi condenado por improbidade administrativa. De acordo com o processo, quando Maluf foi prefeito de São Paulo, em 1996, fez manobras irregulares nas contas da cidade para justificar gastos extras no orçamento. Maluf teria realizado artifícios contábeis para projetar uma arrecadação de impostos maior do que a realizada. Negado indulto O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria em 20 de maio para negar indulto humanitário ao ex-deputado Paulo Maluf. O ex-parlamentar foi condenado, em 2017, pela Primeira Turma do Supremo pelo crime de lavagem de dinheiro, com pena fixada em 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado. Há quatro anos, ele está em prisão domiciliar humanitária. Em fevereiro, o ministro Luiz Edson Fachin concedeu liberdade condicional a Maluf, afirmando que ele cumpriu os requisitos necessários para a progressão de regime, como cumprimento de mais de um terço da pena e bom comportamento. Os advogados do ex-deputado pediram também o indulto humanitário, ou seja, perdão da pena, em razão de doença grave e permanente. Mas Fachin, relator do pedido, entendeu que laudos oficiais mostram que Maluf não faz jus ao indulto. “A perícia oficial — exigida pelo ato presidencial, insista-se — foi conclusiva no sentido de que o ora agravante [Maluf], sob o prisma do critério médico legal e os métodos de análise adotados, não está acometido por doença grave permanente”, afirmou. O caso é julgado no plenário virtual, em que os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico do STF. A votação teve início na sexta (13) e deve ser encerrada às 23h59 desta sexta-feira (20). Até agora, votaram por negar a concessão do indulto: Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso. O ministro Dias Toffoli votou a favor do indulto. Paulo Maluf é condenado a sete anos de prisão Denúncia Maluf foi acusado pelo Ministério Público Federal de usar contas no exterior para lavar dinheiro desviado da Prefeitura de São Paulo quando foi prefeito da capital, entre 1993 e 1996. De acordo com a denúncia, uma das fontes do dinheiro desviado ao exterior por Maluf seria da obra de construção da Avenida Água Espraiada, atual Avenida Jornalista Roberto Marinho. O político foi acusado de usar contas bancárias em nome de empresas "offshores" (firmas usadas para investimentos no exterior) para enviar dinheiro desviado e reutilizar parte do dinheiro na compra de ações de empresas da família dele, a Eucatex. Segundo o MPF, mais de US$ 172 milhões foram aportados na empresa por meio desse esquema. Fonte: G1 Leia Também Justiça determina que Maluf pague multa de R$ 2,87 milhões por improbidade Secretaria de Assuntos Municipais em conjunto com Regionais do Sintero define estratégias para garantir valorização à categoria Ministério da Justiça investiga se TikTok protege usuários contra conteúdos nocivos Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia – COREN/RO abre inscrições Ministério Público da França recorre para extraditar ex-terroristas italianos Twitter Facebook instagram pinterest