PREOCUPAÇÃO Após conversa com Zelensky, Macron pede que tropas russas deixem usina de Zaporíjia Publicada em 16/08/2022 às 15:14 O presidente Emmanuel Macron defendeu nesta terça-feira (16) uma retirada das tropas russas da usina nuclear de Zaporíjia, no sul da Ucrânia. Pedido foi divulgado após conversa telefônica entre o líder francês e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Segundo comunicado divulgado pelo Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa, Macron expressou sua "preocupação com a ameaça que a presença das forças armadas russas, suas ações e o contexto de guerra (...) representam sobre as garantias e a segurança das instalações nucleares ucranianas e apelou à retirada dessas forças". A central de Zaporíjia, a maior da Europa, foi tomada por tropas russas em março, logo após o início da invasão russa da Ucrânia. Desde o final de julho, a área tem sido alvo de bombardeios, pelos quais Moscou e Kiev se culpam mutuamente. A Ucrânia também acusa a Rússia de utilizar a usina para armazenar armas. A situação em Zaporíjia suscitou temores de uma catástrofe nuclear e foi tema de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU na última quinta-feira (11). Macron também expressou seu apoio à proposta do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, de enviar uma missão à central "o quanto antes possível" para inspecionar o local. "Terrorismo nuclear" O comunicado da presidência francesa destaca que Macron e Zelensky conversaram sobre "as modalidades desta missão". Em sua conta no Twitter, o líder ucraniano declarou ter evocado durante a conversa "o terrorismo nuclear" que, segundo ele, é praticado pela Rússia. Moscou acusa a ONU de impedir a missão da AIEA de ir até a usina. Já a Ucrânia se opôs, até o momento, à chegada de especialistas ao local, temendo que isso possa legitimar a ocupação russa em Zaporíjia aos olhos da comunidade internacional. Navio da ONU transporta trigo à África Os dois presidentes também saudaram a saída, nesta terça-feira, de um primeiro navio fretado pelas Nações Unidas em direção ao continente africano. A embarcação leva um carregamento de trigo para países "onde a necessidade é urgente", diz o comunicado do Palácio do Eliseu. Várias toneladas de grãos produzidas na Ucrânia ficaram bloqueadas durante meses devido à guerra. As exportações foram retomadas após um acordo entre russos e ucranianos, com a mediação da Turquia e o auxílio da ONU. Macron também reiterou o apoio da França aos esforços europeus para exportar cereais por vias terrestres e fluviais. Segundo a nota da presidência francesa, essa iniciativa europeia permitiu despachar 2,8 milhões de toneladas em julho e "o ritmo continua acelerando". Fonte: AFP Leia Também Após conversa com Zelensky, Macron pede que tropas russas deixem usina de Zaporíjia Renegociação de dívidas com a Caerd segue até dezembro Lula faz primeiro ato de campanha em São Bernardo do Campo, berço do sindicalismo paulista Ministro da Saúde pede investimentos privados na área de inovação Colorado do Oeste dá largada para estudos de seu Plano Municipal de Turismo Twitter Facebook instagram pinterest