ELEIÇÕES 2022 Ciro Gomes rebate tese de que Estado brasileiro esteja inchado Publicada em 23/08/2022 às 08:56 O candidato à Presidência da República do PDT, Ciro Gomes, contestou a tese de que a máquina pública brasileira está inchada e que reduzi-la aliviará o peso dos impostos sobre a sociedade. Defensor da proposta de que cabe ao Estado induzir os setores estratégicos nacionais, investindo em setores como ciência e tecnologia, Gomes disse querer um Estado objetivamente encarregado de promover as tarefas que a iniciativa privada não é capaz de promover. O candidato indagou os empresários sobre onde cortar gastos públicos, em participação de um bate-papo promovido pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) hoje (22), em São Paulo. “Vamos cortar investimentos [públicos]? [É preciso dizer que] são [gastos] R$ 25 bilhões dos cerca de R$ 4,8 trilhões [do PIB brasileiro] neste setor. Então, não deve ser aí”, exemplificou Gomes, para sustentar que, ao contrário do que muitos pregam, o Estado ocupa um espaço aquém do necessário ao atendimento das necessidades da população brasileira. “Nossos gastos per capita [por pessoa] em Saúde estão deprimidos, assim como em Educação. Em Segurança, são uma piada. Em Infraestrutura, precisaríamos aplicar 3.3% do PIB só para manter o que já existe. Aplicamos cerca de 1.2% do PIB. Ou seja, estamos depreciando a infraestrutura nacional”, continuou o candidato trabalhista. “Então, como dizer que o Estado é grande? O Brasil tem mais ou menos médicos do que precisa? Tem muito menos, segundo padrões da OMS. Tem mais ou menos policiais? Há 11,6 mil policiais federais [para todo o país]. Tenham paciência. Tem mais ou menos professores?”, acrescentou Gomes, enfatizando que nenhuma nação atingiu um nível de desenvolvimento satisfatório sem uma importante contribuição estatal. Gomes ressaltou que quem criou o celular foi uma agência estatal norte-americana e que a internet foi criada pelo Exército norte-americano. “Toda a biotecnologia, toda a robótica é [fruto do] complexo industrial militar norte-americano. Porque a pesquisa básica é muito cara”, ponderou Gomes, dizendo já estar maduro para defender Estado máximo ou mínimo. “O que eu quero é que o Estado, no Brasil, faça a etapa que lhe cabe fazer e difunda [os resultados] para a iniciativa privada”. De acordo com o candidato, as assimetrias competitivas não permitem que um país como o Brasil dispense o Estado da tarefa de coordenação. Fonte: Agência Brasil Leia Também Ciro Gomes rebate tese de que Estado brasileiro esteja inchado Polícia Federal deflagra operação contra exploração ilegal de diamantes em Terra Indígena de Rondônia STF autoriza compensação por perdas com ICMS a três estados Presidente do Senado felicita Moraes por assumir comando do TSE Varíola dos macacos: Anvisa orienta clínicas de reprodução assistida Twitter Facebook instagram pinterest