DIREITOS HUMANOS Organizações humanitárias temem aumento das mortes no Mediterrâneo Publicada em 03/08/2022 às 11:00 Três organizações humanitárias que resgatam migrantes no Mediterrâneo solicitaram a retomada das operações de busca e resgate para a União Europeia (UE) nesta quarta-feira (03). Eles temem o aumento das mortes de migrantes que tentam entrar no continente pelo mar. O SOS Mediterrâneo, Médicos sem Fronteiras (MSF) e Sea-Watch resgataram nos últimos dias mais de mil pessoas à deriva em barcos superlotados, que navegavam do norte da África até a costa da Itália. Em um comunicado conjunto, as organizações exigiram que "os Estados-Membros da Europa e seus sócios" disponibilizem uma frota adequada para a busca e resgate de pessoas no Mediterrâneo central. Espera-se uma resposta rápida e adequada para todos os pedidos de socorro, assim como um mecanismo de desembarque para os sobreviventes. Desde então o resgate dos migrantes está sob responsabilidade de cada país, mas as ONGs se queixam das autoridades locais. Segundo eles, vários países ignoram os pedidos de socorro e trabalham com as autoridades líbias para devolver os migrantes ao país. O Mediterrâneo central é a rota migratória mais perigosa do mundo, uma espécie de enorme cemitério. Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), 20 mil pessoas morreram ou desapareceram no local. A embarcação Geo Barents de MSF transporta atualmente 659 pessoas, entre eles mais de 150 menores que ainda não possuem um porto para desembarcar. O Ocean Viking, a mando do SOS Mediterrâneo, desembarcou 387 pessoas no pequeno porto turístico de Salerno durante o domingo (31). Enquanto isso, após três dias de espera, o navio Sea-Watch 3 desembarcou 438 pessoas no sábado (30) em Tarent, no sul da Itália. A Itália registrou até agora mais de 42 mil chegadas de migrantes, em comparação aos quase 30 mil durante o mesmo período no ano passado. Os partidos de extrema direita, favoritos nas eleições de 25 de setembro, prometeram frear a migração durente a abertura da campanha eleitoral. O líder de extrema-direita Matteo Salvini, do partido Liga, focado na luta contra a migração, tem uma viagem prevista para a pequena ilha de Lampedusa nessa quinta-feira (04), ponto de desembarque da maioria dos barcos de imigrantes. As ONGs foram apontadas como um "fator de atração" por proporcionarem uma rede de socorro no Mediterrâneo, o que negam completamente. "A remoção dos serviços adequados de busca e resgate europeus, com competência em águas internacionais, provou ser ineficaz na prevenção de mortes e travessias perigosas", explicou Xavier Lauth, diretor de operações do SOS Mediterrâneo. Fonte: AFP Leia Também Organizações humanitárias temem aumento das mortes no Mediterrâneo Ministério da Economia responde ofício do SINDSEF-RO com pedido de EBTT aos aposentados da emenda constitucional 20 Especialista em saúde dá dicas para evitar doenças respiratórias durante o clima seco Palestra do ministro Douglas Alencar abrirá o IV Encontro de Assessores(as) e Assistentes do TRT-14 RO/AC Vias que dão acesso a marginal da BR-364 são sinalizadas com placas de proibição de veúculos pesados Twitter Facebook instagram pinterest