DIREITOS HUMANOS Especialistas da ONU visitarão o Equador para avaliar sistema carcerário Publicada em 22/09/2022 às 15:17 Um grupo de especialistas em direitos humanos da ONU visitará o Equador a partir do próximo domingo (25) para avaliar a situação dos presídios, em um contexto de recentes rebeliões e violência carcerária, anunciaram as Nações Unidas nesta quinta-feira (22). O Subcomitê para a Prevenção da Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes (SPT) das Nações Unidas estará no Equador de 25 de setembro a 1º de outubro, de acordo com um comunicado divulgado em Genebra. "Nosso foco principal será a atual crise carcerária no país. Também avaliaremos como as autoridades e o mecanismo nacional de prevenção do Equador implementaram nossas recomendações anteriores", disse María Luisa Romero, chefe da Delegação e membro do SPT, citada no texto. Sete massacres de presos ocorreram em prisões equatorianas desde fevereiro de 2021, deixando cerca de 400 mortos. Gangues ligadas a cartéis internacionais de drogas travam uma guerra pelo poder dentro e fora das prisões do Equador. O subcomitê da ONU visitou o Equador pela primeira vez em 2014 para aconselhar e fornecer assistência técnica ao Mecanismo Nacional de Prevenção do Equador (NPM), órgão independente de vigilância da prevenção da tortura do país. "Esperamos uma colaboração estreita com o mecanismo nacional de prevenção durante essa visita", disse Romero. "Formularemos novas recomendações ao Estado e ao NPM com base nas observações feitas durante a missão, incluindo visitas a locais de privação de liberdade para observar as condições de detenção", acrescentou. O Equador ratificou o Protocolo Facultativo da Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes (OPCAT) em 2010 e, sob seu mandato, o SPT pode realizar visitas sem aviso prévio a todos os lugares onde as pessoas são privadas de sua liberdade. A delegação do SPT manterá reuniões com autoridades governamentais, sociedade civil, agências da ONU e também com o NPM, com quem visitará locais de privação de liberdade, segundo o comunicado. Após a visita, o grupo compartilhará um relatório com suas recomendações, confidenciais a menos que o governo equatoriano decida divulga-las. Segundo estimativas oficiais, as prisões superlotadas do país abrigam cerca de 35.000 pessoas. Situado entre a Colômbia e o Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo, o Equador enfrenta um aumento do tráfico de drogas e da criminalidade. Fonte: AFP Leia Também Especialistas da ONU visitarão o Equador para avaliar sistema carcerário Premiê israelense defende uso de 'força militar' caso Irã desenvolva armas nucleares Tribunal holandês analisará processo de moradores de Maceió contra gigante petroquímica Braskem Projeto de castração gratuita de cães e gatos iniciará em outubro Antecipação para a conclusão de cursos na área da saúde: governador Marcos Rocha sanciona a Lei n° 5.416 Twitter Facebook instagram pinterest