POLÍTICA Eurodeputados pedem que União Europeia defenda democracia no Brasil Publicada em 28/09/2022 às 14:46 Um grupo de mais de 50 eurodeputados publicou nesta quarta-feira (28) uma carta aberta pedindo que as instituições da União Europeia monitorem as eleições de 2 de outubro e defendam a democracia e os direitos humanos no Brasil. O documento reúne signatários de diversas nacionalidades, como a alemã Anna Cavazzini, a italiana Eleonora Ivi e o ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont, e é endereçado à presidente da Comissão Europeia (poder Executivo do bloco), Ursula von der Leyen, e ao chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell. "Em antecipação às eleições gerais de 2 de outubro no Brasil, estamos escrevendo para expressar nossa profunda preocupação com os sistemáticos ataques às instituições democráticas no Brasil", começa a carta. Segundo os eurodeputados, o sistema eleitoral eletrônico, "tido como seguro e confiável", tem sido alvo de "ataques infundados por parte do presidente Jair Bolsonaro". A missiva cita a reunião com embaixadores em que o mandatário, sem apresentar provas, apontou alegadas vulnerabilidades nas urnas eletrônicas. "Essa não foi a primeira vez que ele tentou desacreditar as instituições eleitorais no Brasil. Em junho, ele prometeu publicamente 'ir para a guerra' para evitar uma eleição 'roubada'. [...] Nós tememos que ele possa impedir uma transição pacífica de poder caso perca", afirmam os eurodeputados. Em seguida, a carta enumera uma série de episódios recentes de violência cometidos por bolsonaristas, como o assassinato de dois militantes do PT e ameaças de morte contra Guilherme Boulos, candidato a deputado federal pelo Psol. "Dadas as ameaças sem precedentes às eleições no Brasil, nós pedimos que vocês tomem medidas adicionais para deixar inequivocamente claro para o presidente Bolsonaro e sua gestão que a Constituição brasileira deve ser respeitada e que tentativas de subverter as regras da democracia são inaceitáveis", diz o documento. Além disso, os eurodeputados ressaltam que é "crucial" dissuadir a liderança das Forças Armadas de "qualquer tentação de apoiar um golpe" e lembram que as autoridades brasileiras não convidaram a UE para ser observadora do pleito. "Nós, no entanto, pedimos à delegação da UE no Brasil que monitore a situação de perto e apoie as instituições brasileiras e organizações da sociedade civil na defesa da democracia. A UE deve afirmar que vai usar diferentes instrumentos, incluindo o comércio, para defender a democracia e os direitos humanos no Brasil", conclui a carta. Fonte: ANSA Leia Também Eurodeputados pedem que União Europeia defenda democracia no Brasil Atirador invade hospital e deixa pelo menos um morto nos Estados Unidos Vacina contra a Poliomielite vai encerrar no final do mês de setembro Vacinação de animais domésticos protege população da capital há quase 20 anos Ministra rejeita suspender apuração de interferência na prisão de Milton Ribeiro Twitter Facebook instagram pinterest