ASSEMBLEIA GERAL Guerra na Ucrânia e crise de alimentos devem dominar debates na ONU hoje Publicada em 20/09/2022 às 09:00 A invasão da Ucrânia pela Rússia e uma crise global de alimentos devem ser os principais temas comuns a serem abordados pelos líderes de Estado durante a discussão da Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (20). São esperados 193 líderes no encontro. A reunião não deve ter nenhum efeito na guerra. “Seria inocente imaginar que estamos próximos da possibilidade de um acordo de paz”, di Antonio Guterres, o secretário-geral da ONU. A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que outros países expressaram a preocupação de que enquanto nos concentramos na Ucrânia, os americanos não estão prestando atenção ao que acontece em outras crises ao redor do mundo. "Esse não é o caso", disse ela. Biden só na quarta-feira A ordem dos discursos geralmente é a seguinte: Secretário-geral da ONU Presidente do Brasil Presidente dos EUA No entanto, dessa vez o presidente Joe Biden, dos EUA, só vai fazer seu discurso na quarta-feira (21), porque ele viajou para Londres para o funeral da rainha Elizabeth II. Mundo dividido Guterres disse que a divisão geopolítica (entre EUA e países ocidentais, de um lado, e Rússia, do outro) é a mais significativa desde a Guerra Fria. Ele alertou que isso está paralisando a resposta global aos desafios dramáticos que enfrentamos, como guerra, mudança do clima, pobreza, fome e desigualdade. A Rússia e a Ucrânia são grandes exportadores de grãos e fertilizantes. A ONU culpa a guerra por agravar a crise alimentar, que já existia por causa das mudanças climáticas e pela pandemia de Covid-19. Os EUA devem sediar uma cúpula de segurança alimentar com a União Europeia e a União Africana à margem da reunião da ONU, juntamente com uma reunião ministerial do plano de ação global COVID-19 e uma conferência de reposição para o Fundo Global de Combate AIDS, Tuberculose e Malária. Influência A maioria dos países da ONU condenou a guerra promovida pela Rússia na Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, seu colega norte-americano, Antony Blinken, e o presidente francês, Emmanuel Macron, visitaram estados africanos nos últimos meses, em uma competição por influência. A África foi atingida com uma fome que deve ser declarada na Somália nos próximos meses. Macron pretende usar sua visita de dois dias a Nova York para pressionar países que permaneceram neutros na guerra para tentar trazê-los para o Ocidente, disseram autoridades francesas. O foco é na Índia, países do Golfo, África e alguns estados latino-americanos. . Xi Jinping, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky A China é a principal parceira estratégica da Rússia. O país está “no muro”: critica as sanções que o Ocidente impôs à Rússia, mas não apoia a invasão e nem endossa a guerra. Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que o presidente da China, Xi Jinping, já afirmou de forma privada que tem preocupações relativas à Ucrânia. Nem Xi nem Putin vão comparecer: eles enviaram seus ministros de Relações Exteriores para o evento. Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, vai aparecer em um vídeo já gravado —a ONU permitiu que ele se apresentasse dessa forma na sexta-feira. Dmytro Kuleba, o ministro das Relações Exteriores, deve comparecer (na quinta-feira, ele vai participar de um encontro com ministros das Relações Exteriores da Rússia, EUA e China em Nova York). Fonte: G1 Leia Também Guerra na Ucrânia e crise de alimentos devem dominar debates na ONU hoje Brasil e Estados Unidos firmam acordo de reconhecimento entre aduanas Ministério investe R$ 3 milhões em pesquisas sobre varíola dos macacos Beneficiários de Número de Inscrição Social final 2 recebem hoje o Auxílio Brasil Recuo da inflação pode fazer juros caírem em 2023, diz ministro Twitter Facebook instagram pinterest