DECLARAÇÃO Premiê israelense defende uso de 'força militar' caso Irã desenvolva armas nucleares Publicada em 22/09/2022 às 15:15 A comunidade internacional deve usar sua “força militar” caso o Irã desenvolva armas nucleares, disse nesta quinta-feira (22) à ONU o primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, que por outro lado reiterou seu apoio à criação de um Estado palestino “pacífico”. Nos últimos meses, Israel levou adiante uma intensa ofensiva diplomática para tentar convencer os Estados Unidos e as principais potências europeias, como Inglaterra, França e Alemanha, a não renovar o acordo nuclear de 2015 com o Irã. Durante os últimos 10 dias, vários funcionários sugeriram a renovação do acordo até ao menos meados de novembro, uma data limite que Lapid tem tentado usar para pressionar o Ocidente a usar uma abordagem mais dura em suas negociações. “A única forma de evitar que o Irã tenha armas nucleares é colocar sobre a mesa uma ameaça militar crível”, afirmou Lapid em um discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas. Só então seria possível negociar um “acordo maior e mais forte com eles”. “É preciso deixar claro ao Irã que se avançar em seu programa nuclear, o mundo não responderá com palavras, mas sim com força militar”, acrescentou. E não escondeu que Israel estaria disposto a participar caso se sinta ameaçado. Lapid acusou os líderes de Teerã de dirigir uma “orquestra de ódio” contra os judeus e disse que os ideólogos do Irã “odeiam e matam os muçulmanos que pensam diferente, como Salman Rushdie e Mahsa Amini", a jovem cuja morte sob custódia da polícia moral iraniana desencadeou protestos em toda a República Islâmica. Israel, que considera o Irã seu principal inimigo, também acusa Teerã de financiar o Hezbollah libanês e o Hamas palestino, dois movimentos armados estabelecidos nas fronteiras do Estado judeu. Apesar dos obstáculos, disse Lapid, um “acordo com palestinos, baseado em dois Estados para dois povos, é o correto para garantir a segurança de Israel, para a economia de Israel e para o futuro de nossos filhos”. Lapid, em meio a uma campanha eleitoral, afirmou que a “grande maioria” dos israelenses apoia uma solução de dois Estados. “Só temos uma condição: que o futuro Estado palestino seja pacífico”, acrescentou o primeiro-ministro, cujo discurso na ONU já estava sendo criticado por seus rivais políticos em Israel. As negociações de paz entre israelenses e palestinos estão estagnadas desde 2014. Fonte: AFP Leia Também Premiê israelense defende uso de 'força militar' caso Irã desenvolva armas nucleares Tribunal holandês analisará processo de moradores de Maceió contra gigante petroquímica Braskem Projeto de castração gratuita de cães e gatos iniciará em outubro Antecipação para a conclusão de cursos na área da saúde: governador Marcos Rocha sanciona a Lei n° 5.416 Ministério Público recebe integrantes da Polícia Rodoviária Federal Twitter Facebook instagram pinterest