INVESTIGAÇÃO CAC negociou pelo WhatsApp arma com jovem que atirou e matou aluno no Ceará, diz polícia Publicada em 20/10/2022 às 09:12 O dono da arma usada em um tiroteio que matou um aluno e deixou três feridos em uma sala de aula no início de outubro em Sobral, no interior do Ceará, negociou diretamente com o estudante que fez os disparos, por meio do WhatsApp, segundo a Polícia Civil. Antônio Felipe de Sousa, 33 anos, foi preso na quarta-feira (19) e está detido na delegacia de Sobral. O dono da arma tinha o registro de Colecionador, Atirador desportivo e Caçador (CAC) e tentou vender a arma, inicialmente, para membros de um clube de tiros de Sobral; em seguida, ofertou para o garoto de 15 anos detido por infração análoga ao crime de homicídio. O estudante Júlio César de Souza Alves, 15 anos, morreu em 8 de outubro, três dias após o tiroteio que o baleou na cabeça. Outros dois estudantes baleados receberam alta. Contradições no depoimento No depoimento, o CAC afirmou que a arma havia sido roubado quando ela deixara no interior do veículo estacionado. No entanto, segundo o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Márcio Gutierrez, responsável pela investigação do caso, Antônio teve "diversas contradições" no depoimento. Uma delas, conforme a Polícia Civil, é que o proprietário ainda negociava a venda da arma após a data em que ele cita o suposto roubo. O delegado acrescenta que o adolescente estava em posse da arma "bem antes do dia" da data do crime. "Com base nessas contradições e na possibilidade de ele estar descartando provas e atrapalhando as investigações, a Polícia Civil representou por esse mandado de busca e apreensão e também de prisão temporária", afirmou Gutierrez. A polícia recolheu material eletrônico e o documento da arma, apreendida, para investigar como o item saiu das mãos do proprietário e chegou ao adolescente que disparou os tiros. O proprietário da arma ficará preso por 30 dias, sem direito a fiança. "Se a autoridade policial entender que é necessária uma extensão, ele vai representar ou pela conversão desse mandado para prisão preventiva ou então pela extensão desse mandado por mais 30 dias", destacou o delegado. Alegação de bullying Em relato a policiais, o estudante de 15 anos que fez os disparos disse que sofria bullying dos colegas. A Secretaria da Educação afirma que não há registro da prática entre os alunos. A mãe de um dos alunos baleados também nega a realização de provocações. O aluno que efetuou os disparos e os três estudantes baleados são todos da mesma sala de aula, da escola Carmosina Ferreira Gomes. Fonte: G1 Leia Também CAC negociou pelo WhatsApp arma com jovem que atirou e matou aluno no Ceará, diz polícia Nova primeira-ministra do Reino Unido renuncia após 45 dias de governo TSE oferece treinamento para mesários que vão trabalhar no 2º turno STF faz nova audiência de conciliação sobre cobrança do ICMS Auxílio Brasil é pago a beneficiários com Número de Inscrição Social de final 7 Twitter Facebook instagram pinterest