TENSÃO NA ÁSIA Coreia do Norte volta a testar armas e dispara mais dois mísseis balísticos Publicada em 01/10/2022 às 09:08 A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos neste sábado (1º), no quarto teste de armas desta semana. O anúncio foi feito por militares sul-coreanos. Paralelamente, Seul, Tóquio e Washington intensificaram seus exercícios militares conjuntos. Segundo militares sul-coreanos, foram detectados "dois mísseis de curto alcance disparados da área de Sunan, em Pyongyang para o Mar do Japão". Os mísseis viajaram aproximadamente 350 km a uma altura de 30 km, segundo um comunicado do Estado Maior sul-coreano. O Japão também confirmou o lançamento e disse que os mísseis caíram fora da zona de exclusão econômica japonesa. O vice-ministro da Defesa japonês, Toshiro Ino, disse que os mísseis "parecem ter viajado em trajetórias irregulares", acrescentou. Especialistas apontam que a trajetória irregular indica que os mísseis são capazes de manobrar em pleno voo, tornando-os mais difíceis de rastrear e interceptar. "Impacto desestabilizador" Por sua vez, o Comando Indo-Pacífico dos EUA disse em comunicado que o último lançamento "destaca o impacto desestabilizador dos programas de armas de destruição em massa e de mísseis balísticos da Coreia do Norte". Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos realizaram manobras submarinas na sexta-feira (30), logo após as marinhas de Washington e Seul realizarem exercícios em larga escala perto da península coreana. A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, esteve em Seul na quinta-feira (29) e visitou a fortificada Zona Desmilitarizada que divide a Coreia, em uma viagem destinada a consolidar o forte compromisso de Washington com Seul contra Pyongyang. Com as negociações paralisadas, a Coreia do Norte realizou um número recorde de testes de armas este ano, incluindo o lançamento de vários mísseis balísticos. O país também adotou uma lei que declara seu status de país com armas nucleares "irreversível". Visita da vice-presidente dos Estados Unidos A Coreia do Norte lançou uma série de mísseis para coincidir com a visita de Harris, com mísseis balísticos de curto alcance no domingo (2), quarta (5) e quinta-feira (7), alguns deles horas depois que o vice-presidente dos EUA deixou a Coreia do Sul. Os Estados Unidos têm cerca de 28.500 soldados estacionados na Coreia do Sul para ajudar a protegê-la do Norte. Após a posse do novo presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol, que assumiu o cargo em maio, os dois países intensificaram os exercícios conjuntos, que dizem ser de natureza puramente defensiva. Antes de Harris chegar a Seul, Washington transferiu o porta-aviões nuclear USS Ronald Reagan para a Coreia do Sul para participar de um exercício naval de larga escala, algo que irritou a Coreia do Norte, que vê as manobras como um ensaio de uma invasão. Novo teste nuclear ? Autoridades sul-coreanas e norte-americanas alertam há meses que o líder norte-coreano Kim Jong Un está se preparando para realizar um novo teste nuclear. O regime isolado realizou seis testes nucleares desde 2006, o mais recente em 2017. O presidente sul-coreano Yoon alertou neste sábado sobre consequências terríveis se Pyongyang usar suas armas nucleares contra seu vizinho do sul. "Se a Coreia do Norte tentar usar armas nucleares, enfrentará uma resposta determinada e esmagadora de nossos militares e da aliança com os Estados Unidos", disse ele em um discurso no Dia das Forças Armadas. Fonte: RFI Leia Também Coreia do Norte volta a testar armas e dispara mais dois mísseis balísticos Nicarágua rompe relações diplomáticas com a Holanda, diz comunicado de ministério Diretor de usina nuclear da Ucrânia foi detido pelos russos, diz empresa Obras do Programa Poeira Zero chegam às ruas do bairro JK Mais de 330 mil brasileiros votarão em trânsito no primeiro turno Twitter Facebook instagram pinterest