ALERTA França se prepara para dia de greve em contexto social tenso Publicada em 17/10/2022 às 10:37 A França se prepara para viver um dia de greve na terça-feira (18), principalmente nos transportes, para exigir aumento salarial, em um contexto social tenso marcado, principalmente, pelas paralisações nas refinarias que causaram a falta de combustível. Convocados por quatro sindicatos, os franceses foram chamados à assembleia geral, que servirá como indicador da margem de manobra do presidente liberal Emmanuel Macron para aprovar seu decreto para 2023 e sua polêmica reforma da previdência. "Uma semana de fogo para o governo", diz o jornal Le Monde desta segunda-feira. Pela manhã, o ministro da Economia, Bruno Le Maire, aumentou o tom, assegurando que "acabou o tempo de negociação" no setor das refinarias. Os trabalhadores da Esso-ExxonMobil e da TotalEnergies iniciaram uma greve no final de setembro para pedir aumento salarial, em um contexto de inflação (6,2% em setembro, segundo índice harmonizado europeu) e "superlucros" da gigante energética setor. Embora os primeiros tenham suspendido sua ação após um acordo com a empresa americana, os colaboradores da TotalEnergies retomaram sua greve nesta segunda-feira. O movimento afeta quatro refinarias – uma delas fora de serviço por motivos técnicos – e cinco depósitos. Os grevistas consideram insuficiente o aumento salarial de 7% em 2023, acompanhado de 3.000 a 6.000 euros de bônus (de 2.925 a 5.850 dólares) que a empresa francesa e os sindicatos CFDT e CFE-CGC (representação de 56%) decidiram na sexta-feira (14). "É preciso liberar os depósitos de combustível, as refinarias que estão bloqueadas", afirmou Le Maire à rede BFMTV. Pouco depois, o governo anunciou a requisição de pessoal de um segundo depósito da TotalEnergies para aliviar a escassez. O Executivo está sob pressão. Com quase um terço dos postos de gasolina afetados, a escassez causa problemas para chegar ao trabalho, preocupações com a colheita nas áreas rurais e cancelamentos antes do período de férias de outono. Embora as reivindicações sejam setoriais, seu eco ressoa na França. No domingo, 140 mil pessoas, de acordo com a organização, e 30 mil, segundo a polícia, participaram de uma manifestação "contra a vida cara", convocada pela oposição de esquerda. "Teremos uma semana como não vemos com frequência", disse o líder do partido de esquerda radical França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, que considera a manifestação um prelúdio da greve geral convocada para amanhã por quatro sindicatos, incluindo a CGT. O vice-ministro dos Transportes, Clément Beaune, adiantou na rádio France Inter que a greve poderá provocar o cancelamento de metade dos trens em algumas regiões. A empresa de transporte SNCF deve fornecer suas estimativas durante a tarde. Fonte: AFP Leia Também França se prepara para dia de greve em contexto social tenso Município promove evento para leitura comunitária do novo no plano diretor dia 26 de outubro Seleção de Estágio: MPF prorroga inscrições até 21 de outubro Prefeitura informa período de inscrição de processo seletivo para contratação emergencial Começa hoje a 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia Twitter Facebook instagram pinterest