EDITORIAL Rondônia será governada por um bolsonarista a partir de 2023; resta saber se será estadista ou militante Publicada em 29/10/2022 às 09:25 Porto Velho, RO – A votação para presidente da República deve se repetir em Rondônia. Muito provavelmente Jair Bolsonaro, do PL, será o mais votado da unidade federativa, deixando Lula, do PT, bem atrás. Lado outro, apesar de sua força e pujança econômica, o estado batizado em homenagem ao desbravador marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, militar-humanista, sozinho, como diz o ditado, é andorinha que não faz verão. Em suma, a despeito da popularidade do atual regente da União existe a grande possibilidade de seu adversário, Lula, do PT, tornar-se sucessor dele no Palácio do Planalto. Isto, levando em conta não só os números colocados sob dúvida por conta dos tropeços dos institutos de pesquisa, mas também – e principalmente –, o abrir das urnas no primeiro turno e as subsequentes adesões. Mais de 57 milhões de brasileiros (48,4%) referendaram o petista; enquanto pouco mais de 51 milhões (43,2%) escolheram o capitão reformado. Para a etapa seguinte, o pleiteante de esquerda conseguiu formar alianças com Simone Tebet, do MDB, que alcançou quase cinco milhões de votos; e o PDT de Ciro Gomes, que chegou aos 3,6 milhões. Soraya Thronicke, do União Brasil, e Luiz Felipe d'Avila, do Novo, fizeram juntos mais de um milhão de votos, mas se abstiveram em relação a Bolsonaro e Lula. Logo, como apoiador real do morador do Alvorada, restou Kelmon Luís da Silva Souza, do PTB, chamado de “padre de festa junina” por Soraya no debate da Globo ainda no primeiro turno. Ele passou dos 81 mil votos. Em suma, com as cartas na mesa, o principal desafio de todos os candidatos, incluindo os dois bolsonaristas de Rondônia, Marcos Rocha, do União Brasil, e Marcos Rogério, do PL, foi tentar “buscar” principalmente os eleitores “fujões”. Segundo a CNN, “Mais de 123 milhões de pessoas compareceram às urnas [...] para votar nas eleições 2022, que definiram o segundo turno da disputa presidencial entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). A taxa de abstenção geral ficou em 20,95%, o que corresponde a mais de 32,7 milhões de eleitores aptos”. O jornal acrescentou: “O estado de Rondônia foi onde mais cidadãos deixaram de ir às urnas, com taxa de 24,65%. Em seguida, vem o Mato Grosso, com 23,38% de abstenção, e o Rio de Janeiro, com 22,74%”. Rocha ficou com 330.656 votos; Rogério, com 315.035. A diferença, portanto, foi de apenas 15.621. Na reta final, Jaqueline Cassol, do Progressistas; e Léo Moraes, do Podemos, decidiram caminhar com Rocha. Confúcio Moura, do MDB, tachado como “inimigo” do agronegócio, aderiu à postulação de Rogério. Agora enquanto este editorial é redigido (às 09h18 de sábado, 29 de outubro), faltam pouco mais de 24 horas para a sociedade conhecer tanto o novo presidente da República quanto governador do Estado. E nesta toada, levando em conta que os dois são amigos de Bolsonaro, é importante saber, também, se num eventual governo do PT agirão como estadistas ou se serão militantes, neste último caso virando as costas para os interesses rondonienses a fim de preservar características estritamente ideológicas. Ivo Cassol, antes de ser defenestrado pela Justiça, desistiu de concorrer. Mas deixou claro que respeitaria Lula caso os dois fossem alçados ao Poder. Rondônia é maior que Bolsonaro. Rondônia é maior que Lula. Rondônia é maior que Marcos Rocha. E Rondônia é maior que Marcos Rogério. Logo, independentemente de quem for eleito, os interesses do Estado e sua população precisam estar à frente de quaisquer visões de mundo, independentemente de quais sejam. No mais, o jornal eletrônico Rondônia Dinâmica deseja à população um dia democrático de paz, e que prevaleça sempre a vontade soberana do povo, protegida pela Constituição Federal. Fonte: Rondoniadinamica Leia Também Vídeo – Marcos Rocha diz que obstrução das rodovias em Rondônia está causando desabastecimento e pede liberação pacífica Cota de gêneros: TRE/RO julga improcedente ação eleitoral que visava cassar o mandato eletivo do deputado Cirone Filiado ao União Brasil Chaves se prepara para 2026, Rocha precisa do apoio da bancada federal, quem será o líder do governo na Assembleia Legislativa? Câmara realiza audiência atendendo a requerimento dos deputados Weliton Prado e Silvia Cristina Alex Redano destaca a reeleição do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira Twitter Facebook instagram pinterest