MISSÃO ESPACIAL Supertelescópio James Webb revela a 'impressão digital' de uma dupla de estrelas Publicada em 13/10/2022 às 08:47 Uma imagem que captura mais de um século de produção de poeira espacial. É isso o que revela o novo registro do supertelescópio espacial James Webb, um projeto colaborativo internacional entre as agências espaciais dos Estados Unidos, Europa e Canadá (veja acima). Segundo a Nasa, a agência espacial norte-americana, a foto inédita mostra uma visão cósmica única e especial: pelo menos 17 anéis de poeira criados pela "dança espacial" de duas estrelas muito longe de nós, a 5 mil anos-luz de distância da Terra. Embora outros conjuntos do tipo espalhados pelo Universo emitam gases e poeiras, o flagra do supertelescópio de 10 bilhões de dólares foi bastante especial porque revelou, pela primeira vez, o que a Nasa chama de "impressão digital" desse sistema estelar, o Wolf-Rayet 140. Como as duas estrelas possuem órbitas entrelaçadas, durante os períodos de aproximação da dupla, seus ventos estelares (fluxos de gás que emanam para o espaço) se encontraram e formam esse padrão de anel especial. Ainda de acordo com a Nasa, como isso acontece uma vez a cada oito anos, cada anel de poeira da imagem foi criado quando as estrelas se aproximaram e seus ventos estelares colidiram. "Esses anéis de poeira são como os anéis de crescimento em um tronco de árvore que marcam a passagem do tempo", afirma a Nasa. Telescópios aqui na Terra já tinham feito registros do sistema, mas eles revelaram no máximo 2 anéis dessa dança espacial da WR 140 (um tipo raro de estrela no fim de sua vida) com sua vizinha, uma estrela de classe O (aproximadamente 30 vezes a massa do nosso Sol). Os astrônomos responsáveis pelo novo estudo divulgado pela Nasa argumentam que estudar essas formações é algo importante porque sistemas semelhantes a esse podem ter desempenhado um papel fundamental na formação de estrelas e planetas no nosso Universo Isso porque esses astros perdem tanta massa que também ejetam elementos mais complexos normalmente encontrados nas profundezas de uma estrela, como o carbono. “Apesar do fato de que as estrelas Wolf-Rayet sejam raras em nossa galáxia porque têm uma vida, é possível que elas tenham produzido muita poeira ao longo da história da galáxia antes de explodir e/ou formar buracos negros", afirma Patrick Morris, um astrofísico coautor do estudo. É possível, inclusive, que nosso próprio Sol tenha se formado com a ajuda de uma estrela Wolf-Rayet. Ainda de acordo com a Nasa, na nova imagem divulgada pelo supertelescópio provavelmente também há ainda mais anéis que se tornaram tão fracos e dispersos que nem o Webb conseguiu detectá-los. “Eu acredito que com o James Webb vamos aprender muito mais sobre como essas estrelas moldam o material entre as estrelas e desencadeiam a formação de novas estrelas nas galáxias", acrescentou Morris. Fonte: G1 Leia Também Supertelescópio James Webb revela a 'impressão digital' de uma dupla de estrelas Comercialização de carne moída terá novas regras a partir de novembro Coronavírus: Rondônia registra 18 casos e nenhum óbito nas últimas 24 horas; números atualizados Auxílio Brasil é pago hoje a beneficiários com Número de Inscrição Social final 2 Força Nacional vai apoiar a PF em ações em terra indígena no Rio Grande do Sul Twitter Facebook instagram pinterest