ECONOMIA Confiança do empresário do comércio sobe 0,8% em novembro Publicada em 25/11/2022 às 14:24 Pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou crescimento, agora de 0,8%, em novembro. O avanço é mais expressivo na comparação com 2021, ficando em 10,9%. Com o resultado, o indicador atingiu 131,9 pontos e é o maior patamar da série histórica, que começou em 2011. Os números foram divulgados hoje (25), no Rio de Janeiro, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que apura mensalmente o índice. Tanto no comparativo com outubro quanto em relação a novembro de 2021, o destaque foi a avaliação da condição do desempenho atual da economia (em que o otimismo aumentou 4,8% e 33,8%, respectivamente), com a maior pontuação - 109,1 pontos - desde março de 2020, mês que demarcou o início da pandemia. Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o fim de ano é, tradicionalmente, um momento de boas expectativas para o varejo, mas há outros fatores que contribuem para aumentar a confiança do empresariado do comércio. “Em 2022, há uma condição especial e inédita que é a conjugação das intenções de compra para a Black Friday e o Natal com a realização da Copa do Mundo do Catar”, disse, acrescentando que, além desse impulso adicional, há a economia atual favorável e a previsão do pagamento da primeira parcela do 13º salário que reforçaram a confiança do empresário do comércio. Pelos cálculos da CNC, a Black Friday deve movimentar R$ 4,2 bilhões no país. Se for confirmado, será o maior faturamento desde 2010. Já com a Copa, o incremento previsto para o varejo é de R$ 1,5 bilhão. Contratação Entre os comerciantes pesquisados, 85,2% revelaram que vão aumentar a contratação de funcionários neste fim de ano. O percentual é a maior proporção desde o início da apuração do Icec, em 2011. Após três meses de queda, o indicador registrou elevação de 0,2% na comparação mensal. Com isso, atingiu o maior nível histórico: 144 pontos. A economista da CNC responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, apontou alguns fatores para o aumento da intenção de contratações. “A chegada das festas de fim de ano e o desempenho mais favorável da economia e do comércio estão incentivando as intenções de investir para absorver funcionários e estimular o consumo”, explicou. Conforme as estatísticas da CNC, o Natal deve resultar na contratação de 109,4 mil trabalhadores temporários, o maior volume em nove anos no Brasil. Deste total, é possível que 11% sejam efetivados. Situação geral A CNC informou, também, que - em linha com a evolução positiva do varejo em setembro, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - a avaliação dos empresários sobre a situação atual do comércio voltou a melhorar no penúltimo mês do ano, com alta de 2%, após quedas nos três meses anteriores. Entre os segmentos mais otimistas em novembro estão o de supermercados, o de farmácias e o de lojas de cosméticos, com alta de 4,4% no indicador. Na visão da economista, as deflações entre julho e setembro permitiram a melhora no poder de compra dos consumidores e, consequentemente, as vendas no comércio. Catarina destacou que, em setembro, o grupo de alimentação e bebidas, que tem itens de grande peso na cesta de consumo da população, registrou deflação de 0,51%. Ainda que, em outubro, a inflação neste grupo tenha avançado 0,72%, o resultado acumulado em 12 meses desacelerou em 0,50 ponto percentual. Roupas e calçados Os mais satisfeitos com o nível de atividade do setor continuam sendo os comerciantes do segmento de vestuário, tecidos e calçados. Com a sétima alta mensal seguida, o indicador chegou a 120,3 pontos. “Essa dinâmica acontece pela necessidade que os consumidores têm, neste momento, de roupas e calçados novos para a retomada dos eventos sociais de fim de ano, o que deve ser incentivado pela Copa do Mundo”, observou a economista. Um levantamento especial realizado pela CNC, com 18 mil consumidores em todas as capitais dos estados e no Distrito Federal, mostrou que 36% dos brasileiros pretendem comprar itens relacionados com a Copa, o que seria uma alta de 12 pontos percentuais em relação ao Mundial de Futebol de 2018. Os itens preferidos são os artigos de vestuário temático, indicados por 14,9% dos entrevistados. O que é o índice Para a CNC, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio é um indicador antecedente, “apurado exclusivamente entre os tomadores de decisão das empresas do varejo, cujo objetivo é detectar as tendências das ações do setor do ponto de vista do empresário”. Aproximadamente seis mil empresas situadas em todas as capitais do país compõem a amostra. O índice avalia as condições atuais, as expectativas de curto prazo e as intenções de investimento dos empresários do comércio. Fonte: Agência Brasil Leia Também Confiança do empresário do comércio sobe 0,8% em novembro Câncer do colo do útero acomete mais mulheres negras, revela estudo Homem denunciado pelo MPRO é condenado por 14 crimes contra ex-companheira Dia da Pessoa Idosa será comemorado neste sábado, 26 com programação especial no Espaço Alternativo em Porto Velho Hábito de higiene doméstico continua sendo fundamental para eliminar os criadouros do Aedes aegypti Twitter Facebook instagram pinterest