POLÍTICA Governo de Maduro e oposição venezuelana retomam negociações Publicada em 26/11/2022 às 09:51 O governo de Nicolás Maduro e a oposição venezuelana retomarão, neste sábado (26), as negociações no México, após 15 meses de interrupção, com o objetivo de realizar eleições "livres" e suspender as sanções impostas pelos Estados Unidos. Ao chegar à Cidade do México, onde as negociações serão formalmente retomadas, o principal negociador do governo venezuelano, Jorge Rodríguez, reiterou à imprensa que um dos objetivos desta rodada é "assinar um amplo acordo com um setor da oposição venezuelana". Ele se referiu a um pacto que liberaria recursos venezuelanos bloqueados no exterior, como o governo havia adiantado, sem especificar onde estão localizados ou seu valor. O dinheiro serviria, entre outras coisas, para aliviar o colapso dos serviços básicos em um país onde a pobreza atinge oito em cada dez pessoas, segundo a Pesquisa Nacional de Condições de Vida (Encovi), um estudo publicado em 10 de novembro. A crise política e econômica forçou cerca de sete milhões de venezuelanos a emigrar, segundo as Nações Unidas. - "Defender a paz" - A delegação também chega ao México para "cumprir seu papel de defender a paz, o direito que temos (...) de viver em paz", acrescentou Rodríguez - presidente da Assembleia Legislativa Nacional - em um hangar militar no aeroporto da capital junto com sua equipe de negociação. Maduro exige principalmente o levantamento das sanções dos EUA ao governo venezuelano, que incluem um embargo de petróleo e o bloqueio de bens. A chegada dos representantes da opositora Plataforma Unitária, que aspira a soluções para a "crise humanitária, respeito aos direitos humanos (...) e principalmente" garantias de "eleições livres e observáveis", ainda não foi noticiada. No entanto, uma fonte ligada ao processo disse à AFP que ainda não há consenso sobre as próximas eleições, que em teoria deveriam ser realizadas em 2024, e suas condições. A oposição acusa Maduro de ter se reeleito de forma fraudulenta em 2018. Os Estados Unidos e os países europeus também não reconheceram essas eleições. Com base nessa denúncia e invocando seu status de líder do Parlamento, o líder da oposição Juan Guaidó se autoproclamou presidente da Venezuela em 2019 com o apoio de cinquenta países, liderados pelos Estados Unidos. Mas desde então sua liderança perdeu força, assim como seu poder de convocação. Isso, somado às mudanças em nível internacional e à aproximação entre o governo de Maduro e os Estados Unidos, deu impulso ao herdeiro do presidente Hugo Chávez, falecido em 2013. Fonte: AFP Leia Também Governo de Maduro e oposição venezuelana retomam negociações Cacauicultor do município é o Ganhador do “IV Concurso Nacional de Qualidade do Cacau Especial do Brasil” Ação itinerante do Cras Morar Melhor altera horário de atendimento Secretaria Municipal de Saúde intensifica vacinas em crianças de 6 meses a dois anos Base dos Estados Unidos sofre ataque com foguetes no nordeste da Síria Twitter Facebook instagram pinterest