JUSTIÇA Ministério da Família diz que não responderá ao MP sobre acusações de Damares Publicada em 22/11/2022 às 14:44 O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) disse ao Ministério Público Federal no Pará que irá se reportar apenas à Procuradoria Geral da República, e não deu detalhes a respeito das informações que a ex-ministra, Damares Alves, divulgou em um culto em Goiânia, sobre tráfico de crianças, tortura e abuso infantil em cidades do Marajó, no Pará. O MPF quer saber por que somente a ex-ministra tem acesso às informações divulgadas por ela, já que não há registro de informações sobre os crimes sexuais cometidos contra crianças mencionados por Damares no sistema do órgão. O Grupo Prerrogativas, que reúne advogados brasileiros, pediu providências ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República sobre as declarações da ex-ministra. Os advogados observaram que a ex-ministra deve ser intimada a apresentar provas do que alegou. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, mandou para a Justiça Federal do Pará a representação do grupo. O grupo de advogados Prerrogativas acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) acusando-a de prevaricação (quando um servidor público tem conhecimento de alguma irregularidade mas não leva o caso às autoridades). O ministro Ricardo Lewandowski enviou o pedido de investigação à Justiça do Pará. O MPF informou que assim que todos os dados estiverem com a unidade do Pará, eles serão analisados para verificação da existência ou não dos registros de denúncias de torturas citadas pela ex-ministra. Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão enviou informações aos Ministérios Públicos do Pará Quanto ao pedido de todos os casos envolvendo tráfico de crianças e estupro de vulneráveis no Brasil, o MMFDH encaminhou ontem a resposta. Está em análise. A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) informou que encaminhou na última sexta-feira (18), as informações enviadas pelo MMFDH, à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Pará e ao Ministério Público Estadual. De acordo com a PFDC, as informações são referentes aos últimos sete anos (2016-2022), envolvendo tráfico transnacional de crianças e estupro de vulneráveis supostamente praticados no Arquipélago do Marajó. Segundo a Procuradoria, "as planilhas apresentadas pelo MMFDH abordam informações sensíveis relacionadas com o Estado do Pará e que poderão, em alguma medida, subsidiar os esclarecimentos das autoridades locais”, porém, não informou se dentre os casos enviados pelo MMFDH, constam os mencionados por Damares. O MMFDH informou o registro de 251 denúncias integrais, entre 2016 e 2022, que teriam sido "tempestivamente encaminhadas às autoridades naturais competentes integrantes do sistema de garantias de direitos da criança e do adolescente", e há existência de 27 protocolos repetidos. Entre os anos de 2020-2022, foram cadastradas 72 denúncias. Na segunda-feira (21), o MMFDH enviou casos de denúncias recebidas de todo o Brasil, envolvendo tráfico transnacional de crianças e estupro de vulnerável, que estão sob análise da Procuradoria Federal. O g1 procurou o MMFDH, o Ministério Público do Pará e a Polícia Civil do Pará, que também solicitou pedidos ao Ministério, mas até o fechamento deste reportagem, não recebeu retorno. Fonte: G1 Leia Também Ministério da Família diz que não responderá ao MP sobre acusações de Damares BNDES apoia capacitação de empreendedores de baixa renda III Fórum Inovação em Porto Velho reúne especialistas de todo país para debater o desenvolvimento econômico sustentável Covid-19: Butantan detecta em SP nova variante derivada da Ômicron Câmara homenageia os 100 anos do rádio no Brasil Twitter Facebook instagram pinterest