POLÍTICA Câmara dos Deputados deve votar PEC do estouro nesta terça-feira Publicada em 20/12/2022 às 10:13 O plenário da Câmara dos Deputados deve analisar nesta terça-feira (20) a proposta de emenda à Constituição (PEC) do estouro, que expande o teto de gastos — norma que proíbe o aumento de despesas públicas acima da inflação — em quase R$ 200 bilhões para que o governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre outras finalidades, banque o Auxílio Brasil a R$ 600 e pague um acréscimo de R$ 150 por criança de até 6 anos das famílias beneficiárias. A PEC chegou à Câmara na semana passada, mas a votação foi adiada por não haver consenso entre s deputados. Parlamentares que compõem a base do presidente Jair Bolsonaro (PL) não concordam com o valor da PEC. Além disso, contestam o prazo de dois anos para que o teto de gastos seja alterado e tentam fazer com que a manobra seja válida apenas em 2023. Mesmo sem acordo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prometeu a votação para esta terça. “A Câmara continuará trabalhando pela estabilidade do país. A votação da PEC nesta terça-feira está mantida”, afirmou ele, em entrevista a jornalistas na segunda (19). O deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), escolhido como relator da PEC, vai divulgar o primeiro parecer dele nesta terça. Ele não deve propor alterações à redação que foi aprovada no Senado, mas reconhece que será difícil aprovar a proposta sem nenhuma modificação. “Vou tomar por base o texto do Senado e traduzir a vontade da maioria dos deputados desta casa. Se quiserem aprovar o texto do Senado, eu não tenho opinião pessoal, mas vai prevalecer a opinião da maioria dos deputados”, afirmou. “O máximo [a ser votado] é o texto que foi aprovado no Senado, aqueles R$ 200 de complemento do Bolsa Família, o aumento do salário-mínimo, os R$ 150 das crianças [de até 6 anos], tudo isso está precificado. Não acredito que deputado nenhum, seja de oposição ou de governo, vá votar contra [esses pontos]. Agora, a partir daí o que vai prevalecer do texto do Senado é que a gente precisa apurar e ouvir os deputados”, acrescentou. Por se tratar de uma PEC, a matéria precisa do aval de três quintos dos deputados (308 de 513) em dois turnos de votação para ser aprovada. Se a proposta não sofrer alterações em relação ao texto que veio do Senado, a PEC segue para promulgação. Caso os deputados modifiquem a redação, a PEC volta para o Senado. STF autorizou gastos extras No domingo (18), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), definiu que os recursos públicos para bancar o pagamento de um programa de renda mínima aos brasileiros podem ser mantidos fora da regra do teto de gastos. O ministro ainda determinou que o governo federal tenha recursos suficientes para manter o Auxílio Brasil a R$ 600 mensais. Além disso, ele decidiu que a União pode abrir crédito extraordinário para conseguir a verba necessária para arcar com os custos do programa. A decisão de Gilmar, em tese, pode ajudar Lula a continuar com os pagamentos de R$ 600 por mês. Contudo, a determinação não permite ao presidente eleito transferir o adicional de R$ 150 por criança. Dessa forma, a equipe do petista segue apostando na aprovação da PEC. “A turma está negociando. O plano A, B e C é a aprovação da PEC”, comentou o futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa. Fonte: R7 Leia Também Câmara dos Deputados deve votar PEC do estouro nesta terça-feira Câmara dos Deputados deve votar PEC do estouro nesta terça-feira Junta Comercial moderniza ambiente de negócios em Rondônia; quase 23 mil empresas foram abertas em 2022 Caerd adquire 45 mil kits cavaletes para instalação de novos hidrômetros Terremoto de magnitude 6,4 atinge costa norte da Califórnia, nos EUA Twitter Facebook instagram pinterest