ARTIGO “Me engana que eu gosto” Publicada em 22/12/2022 às 08:17 Professor Nazareno* Como animais irracionais e sem questionar absolutamente nada, muitos dos seres humanos se especializaram em ser enganados e lesados pelos seus próprios semelhantes. No Brasil, essa característica de ludibriar os mais imbecis parece ser uma espécie de passatempo nacional. A lorota começa com a religião. Os mais velhos, sem nenhuma evidência da verdade, geralmente colocam na cabeça dos mais incautos a crença sem provas da existência de um Deus superior a tudo e dependendo do viés político, induzem os mais novos e menos informados a crerem na Bíblia, no Alcorão, na Torá e em “profetas” enviados para salvar e guiar toda a humanidade como Moisés, Jesus Cristo e Maomé dentre tantos outros. Com o passar dos tempos, no entanto, essa mania de enganar os mais otários continuou, e com alguns requintes, em quase todas as áreas da sociedade. No aspecto da economia, por exemplo, criou-se a bobagem de que o salário mínimo pago pelo estado e pela maioria dos empregadores é uma remuneração justa que vai resolver todos os problemas de quem recebe essa miséria financeira. Em alguns países, receber esse salário até que compensa se compararmos com o que se paga no Brasil, onde essa quantia é o equivalente a pouco mais de 230 euros mensais enquanto em Portugal é superior a 750 euros e na França e Alemanha chega a quase dois mil euros por mês. Por aqui muitos patrões se acham os “donos do pedaço” e muitas vezes até exploram seus empregados por causa dessa mixaria que lhes pagam por mês. A ambição capitalista se mesclou à religião e sem nenhum acanhamento inventou o Papai Noel para impulsionar suas vendas todos os finais de ano. Pior: ensina às crianças que esse velho maldito é bom. É de partir o coração observar-se anualmente a piada do “bom velhinho” sendo repassada com tanto empenho às futuras gerações do país. Devia ser crime enganar uma infinidade de crianças inocentes. Até a Empresa de Correios no Brasil entra na mentira e na enganação. Induz aos tolos, sem nenhum remorso, que eles escrevam uma cartinha para o “velhinho tarado” lhe pedindo um presente. Quanta mentira! Quanta enganação! Quanta desfaçatez! E todos sabem que Papai Noel nada tem a ver com religião. E o que falar dos “patriotários” que estão na frente dos quartéis pedindo um golpe militar? Porém, o rol de enganações segue normalmente em quase todas as ações humanas. Durante toda Copa do Mundo, enganam-se muitos brasileiros de que a seleção nacional é superior às outras e vencerá. Aí quando perde, a “ficha cai” e a decepção toma conta dos enganados. E a campanha do hexa já foi adiada para a próxima Copa, quando se inventarão novas mentiras para ludibriar os trouxas da ocasião em 2026. Mas é na política que os brasileiros são engabelados como nunca. Nessa última campanha para presidente dizia-se que só havia praticamente dois candidatos: um era ladrão e o outro fascista. Elegeram o ladrão na esperança de que se fez a coisa mais certa do mundo. Depois, quando tudo começa a desandar, muitos dizem que vão mudar o voto para consertar o país. Ninguém, entretanto, percebe que praticamente todos os candidatos são sempre “farinha do mesmo saco” e estão no poder apenas para representar a elite nacional, a dona do dinheiro, que sempre explora os mais necessitados e perpetua dessa forma a nossa monstruosidade desigualdade social. O Brasil, e também boa parte dos países do mundo, vive só de farsas. Os mais ricos vivem explorando os mais pobres e tudo segue como em um Natal macabro. *Foi professor em Porto Velho Fonte: Professor Nazareno Leia Também Base de polícia comunitária do 4º BPM é reinaugurada com homenagem póstuma Confiança do Consumidor sobe 2,7 pontos em dezembro, mostra dados da FGV Prefeitura realiza lançamento da obra de construção da nova UBS Frei Silvestre Prefeitura realiza entrega de cestas básicas para famílias de Tarilândia assistidas pela Semdes Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social finaliza curso de panificação no Distrito Bom Futuro Twitter Facebook instagram pinterest