POLÍTICA Supremo Tribunal Federal deve retomar julgamento do orçamento secreto nesta quarta Publicada em 14/12/2022 às 08:57 O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar nesta quarta-feira (14) as ações que questionam a constitucionalidade das emendas de relator à Lei Orçamentária Anual – que ficaram conhecidas como "orçamento secreto". O julgamento começou em 7 de dezembro. A presidente do STF, ministra Rosa Weber, é relatora das ações. Mesmo após assumir o comando da Corte, Rosa Weber optou por manter os processos em seu gabinete. Orçamento secreto foi o nome informalmente dado às emendas parlamentares repassadas aos estados sem critérios claros ou transparência. Em novembro de 2021, Rosa Weber suspendeu temporariamente esses pagamentos e determinou que o Congresso criasse um sistema para dar publicidade aos gastos. A decisão da ministra foi confirmada pelo plenário do STF, por 8 votos a 2. Os repasses foram liberados posteriormente. O Supremo ainda precisa discutir, no entanto, se essa modalidade de liberação de recursos é constitucional. Congresso apresenta proposta de alteração Nesta terça-feira (13), as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado protocolaram um projeto de resolução para estabelecer critérios para a distribuição das verbas previstas no orçamento secreto. A proposta deve ser analisada pelo Congresso já nesta quinta-feira (15), segundo o relator-geral do Orçamento de 2023, o senador Marcelo Castro (MDB-PI). O que diz a nova proposta: Estabelece percentuais específicos das emendas para as cúpulas do Senado e da Câmara; Reserva parte das emendas para o presidente e o relator da Comissão Mista de Orçamento (CMO); Prevê que o restante das emendas será distribuído entre os partidos, de acordo com o tamanho das bancadas. A medida deve beneficiar o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que elegeu as maiores bancadas tanto na Câmara quanto no Senado. O PT, partido do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, terá a segunda maior bancada de deputados e também receberá grande parte dos recursos. Congresso passou a divulgar dados Em 2021, o STF determinou que o Congresso desse transparência à execução das emendas de relator. As informações passaram a ser publicadas pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso, mas o sistema dificulta o acesso aos dados. Em uma página, é possível ver as indicações para o destino do dinheiro das emendas. Uma lista com dezenas delas. Em outra, está a execução das emendas, se o dinheiro já foi liberado, mas não mostra qual parlamentar está apadrinhando cada transferência de recurso. Segundo a Procuradoria-Geral da República, o novo modelo está de acordo com a Constituição. “O Ato Conjunto 1/2021, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, e a Resolução 2/2021, do Congresso Nacional, ao ampliarem a transparência da sistemática de apresentação, aprovação e execução orçamentária referente às emendas de relator-geral, respeitam a Constituição Federal”, diz o parecer. Para a PGR, a anulação das novas regras só agravaria o quadro de violação da Constituição Federal. “Bem ou mal, os atos impugnados caminharam no sentido da maior publicidade, em comparação com a situação previamente existente”, afirmou. A PGR entende ainda que, o fato de o Congresso não ter dado publicidade a todas as movimentações do orçamento secreto de 2020 e 2021, não interfere na constitucionalidade desse tipo de emenda, porque antes não havia uma regra clara. Fonte: G1 Leia Também Supremo Tribunal Federal deve retomar julgamento do orçamento secreto nesta quarta Ação da Assembleia Legislativa em parceria com AVCC contribui para pessoas com câncer; Doações podem ser feitas até dia 22 de dezembro Coluna Simpi – Novo limite de faturamento para MPE’s e MEI fica para 2023 Senado aprova PEC que dá desconto no IPTU para imóveis sustentáveis TSE mantém competência para julgar ação contra evento com embaixadores Twitter Facebook instagram pinterest