HOMENAGEM Multidão presta homenagem aos curdos mortos em ataque racista em Paris Publicada em 03/01/2023 às 15:15 Aos gritos de "Os mártires são eternos", milhares de membros da comunidade curda na Europa prestaram uma homenagem, nesta terça-feira (3), aos três curdos mortos na véspera de Natal em um ataque racista no centro de Paris. Os caixões do cantor curdo e refugiado político Mir Perwer, da chefe do Movimento de Mulheres Curdas na França, Emine Kara, e de Abdurrahman Kizil circularam entre a multidão reunida em Villiers-le-Bel, 17 quilômetros ao norte de Paris. Cobertos por bandeiras do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e do território curdo de Rojava, na Síria, os caixões passaram pela multidão presente para homenageá-los em um salão na França. Diante da impossibilidade de acessar a sala, presidida por um retrato do chefe histórico do PKK preso na Turquia, Abdullah Öcalan, milhares de pessoas acompanharam a cerimônia por telões instalados em um estacionamento. "Nosso dever é estar aqui. É uma luta que nossos pais enfrentam há muitos anos e devemos continuar", disse à AFP Celik, uma mulher de 30 anos que não revelou seu sobrenome por questões de segurança. A comunidade curda na França e na Europa se mobilizou para assistir aos funerais, sobretudo, porque muitos curdos consideram que se tratou de um atentado "terrorista" ligado à Turquia e rejeitam a versão de ataque por motivos racistas. O acusado William Malet, maquinista aposentado de 69 anos e com antecedentes criminais, assassinou os três do lado de fora do centro cultural Ahmet-Kaya, no centro de Paris, antes de ser desarmado e preso. Para os investigadores, o homem falou de um "ódio patológico aos estrangeiros" e disse que queria "assassinar migrantes", segundo a acusação. Em 26 de dezembro, ele foi colocado em prisão preventiva por homicídio e tentativa de homicídio com base em raça, etnia, nação ou religião. O incidente recorda o ataque de 2013, cujo triplo assassinato de três militantes curdos em Paris levantou suspeita do envolvimento dos serviços secretos turcos. O suspeito responsável pelos homicídios morreu de câncer em 2016, quando estava em prisão preventiva. A comunidade curda organizou uma "grande marcha" em Paris no sábado (7) para o décimo aniversário da morte dos ativistas. Fonte: AFP Leia Também Multidão presta homenagem aos curdos mortos em ataque racista em Paris Putin ordena exibição de documentários sobre ofensiva russa na Ucrânia Ataques aéreos das forças armadas israelense matam soldados na Síria Ministro do Trabalho defende regras para entregas de aplicativos Prefeitura implanta atendimento via telemedicina em União Bandeirantes Twitter Facebook instagram pinterest