OPINIÃO Nomes que já concorreram e novidades como Marcelo Cruz, Júnior Gonçalves, Daniel Pereira e Fernando Máximo podem disputar a Prefeitura da Capital em 2024 Publicada em 04/01/2023 às 10:28 Porto Velho, RO – O ano de 2022 acabou, e, com ele, findou-se também os desdobramentos políticos que levaram ao Poder estadual, de novo, o Coronel Marcos Rocha, do União Brasil; vinte e quatro deputados estaduais em Rondônia; oito parlamentares federais; e um novo senador da República. E apesar dos pedidos de “intervenção constitucional federal”, figura que nem existe no ordenamento jurídico pátrio, a patota golpista que exigiu interferência das Forças Armadas no pleito para presidente deu com os burros n’água. O Brasil agora é comandado por Lula, do PT. E a despeito de Jair Bolsonaro, do PL, ter saído estrategicamente no cenário em sua viagem para os Estados Unidos da América, o bolsonarismo ficou em solo verde e amarelo, fixando raízes profundas. Prova disso é que diversos arquétipos do novo conservadorismo foram conduzidos a cargos eletivos para atuar por Rondônia. O exemplo mais claro é a bancada federal, que, à exceção do ex-governador Confúcio Moura, emedebista atualmente representante da Câmara Alta, sinaliza, em ampla maioria, à direita. Discurso conciliador e realizações levaram Rocha à vítória sobrepondo Marcos Rogério nos dois turnos / Reprodução Nesta senda, Jaime Bagattoli, expoente forte do agronegócio e também da legenda de Bolsonaro e do correligionário licenciado Marcos Rogério, ocupa o assento no lugar de Acir Gurgacz, do PDT, onde ficará pelos próximos oito anos. Este é o panorama em que os grupos políticos começam a pensar nas eleições municipais de daqui a dois anos: se regionalmente a pujança direitista ainda dá as cartas, na União, lado outro, há um ressurgimento do progressismo encarnado na posse de Lula e no pontapé inicial de suas políticas públicas. O ano anterior comprovou que militância desenfreada, cega e às raias do irracional, comportamentos exortados por Marcos Rogério em seu intento à sucessão de Rocha, não representam fórmula perpétua de sucesso eletivo. Funcionou com Marcos Rocha em 2018; falhou miseravelmente, no entanto, com o xará quatro anos depois. Preservar a lealdade é de suma importância, porém, muito além disto, conservar identidade própria demonstrando trabalho prático e adotando discursos razoáveis e conciliatórios em vez de pronunciamentos hidrófobos levaram Rocha a transitar por eleitores tanto da direita quanto da esquerda num momento de queda da hegemonia ideológica, imponto vitória nos dois turnos. Porto Velho também tem votado de maneira mais racional, especialmente quando, em 2020, reconduziu Hildon Chaves, à época do PSDB, hoje no União Brasil, à chefia da Prefeitura da Capital. O administrador, avesso a papo furado, também traz reflexos de sua gestão com demonstrações práticas. Há nomes pinçados por articulistas locais a fim de sucedê-lo: uns já trabalham para isso, outros são cotados à base da especulação. Surgem no horizonte pessoas que já concorreram ao cargo e outros que disputariam pela primeira vez as rédeas da municipalidade. Aliados consideram Júnior Gonçalves pela condução da relação institucional entre Estado e demais Poderes / Reprodução As surpresas são o secretário-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves; e o deputado federal eleito Fernando Máximo, do União Brasil, campeão de votos no pleito. Gonçalves é aventado em decorrência da maneira à qual conduziu nos últimos quatro anos as relações institucionais entre o Estado de Rondônia e demais Poderes e entidades vinculadas. Seus companheiros dizem, à boca miúda, que a missão bem-sucedida o credencia à contenda eleitoral desde já, mas, se colocar realmente o objetivo na cabeça e trabalhar por isso, pode chegar ainda mais preparado para quando chegar o momento. Fernando Máximo e sua touquinha: campeões de voto à Câmara Federal / Reprodução Máximo é outro que apostou alto quanto resolveu se dedicar quase que exclusivamente no combate ao Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2). Foi profissional na atuação e nos pronunciamentos, mas já apresentava características de quem gostaria de ir mais longe, como quando adotou a “toquinha cirúrgica” para compor a indumentária em todas as ocasiões, incluindo eventos oficiais e aparições despojadas na imprensa. Misturando o médico ao personagem, o resultado foram os mais de 85 mil votos alcançados. Isto o lança como potencial adversário – forte –, aos demais pretendentes de 2024. Léo Moraes "caiu para cima": o parlamentar deve assumir o Detran de Rondônia na segunda gestão de Marcos Rocha / Reprodução E há tantos outros como Mariana Carvalho, do Republicanos, que será provavelmente apoiada por Hildon Chaves e seu grupo; o deputado Williames Pimentel, do MDB; o parlamentar Léo Moraes, do Podemos; Vinícius Miguel, hoje no PSB de Mauro Nazif; Daniel Pereira, do Solidariedade; Fátima Cleide, do PT; o provável próximo presidente da Assembleia (ALE/RO), Marcelo Cruz, do Patriota; e Samuel Costa, do PCdoB. Costa foi praticamente uma voz isolada da esquerda crítica ao bolsonarismo e acabou angariando a simpatia da ala mais à esquerda do tabuleiro. Se conseguir juntar seus predicados às novas lideranças progressivas pode ser um concorrente à altura dos veteranos. Desde que se elegeu vereador por Porto Velho, Marcelo Cruz, do Patriota, nunca perdeu uma eleição. Ele é o provável próximo presidente da ALE/RO - Reprodução Marcelo Cruz, no caso, jamais perdeu uma eleição desde que se elegeu vereador por Porto Velho. E logo no mandato inaugural como membro do Legislativo estadual assumiu função na Mesa Diretora, como 2º presidente da Casa de Leis, isto para o biênio 2021/22, gestão comandada por Alex Redano (Republicanos). Suas credenciais já são suscitadas como possibilidade para 2024, vez que a força de seu eleitorado se mantém. Além disso, apostou corretamente nos desenlances políticos preservando alianças vitoriosas que podem regressar a ele daqui a dois anos. Mariana Carvalho apostou no bolsonarismo e perdeu, mas tem grupo de Hildon para concorrer em 2024 / Reprodução Dentre eles, Mariana Carvalho, Léo Moraes e Vinícius Miguel são considerados mais jovens e com capital político suficiente para crescimento numa disputa majoritária. Com as funções em risco, Mariana e Moraes perderam pela primeira vez; ela, buscando o Senado; ele, o Governo do Estado. Já amargaram reveses anteriormente, mas sem apostas altas, conservando, nas outras ocasiões, os cargos legislativos aos quais chegaram à ocasião. No entanto, a dupla preserva parceiros e figuras que podem apostar em suas respectivas postulações, especialmente porquanto Marcos Rocha recebeu apoio de ambos. Se os burburinho se concretizarem, Moraes assume em breve o Departamento de Trânsito de Rondônia (Detran/RO) pavimentando sua esteira para 2024 num dos mais importantes órgãos da Administração Pública. Vinícius Miguel vem de votações expressivas, mas precisa de uma vitória para o currículo político / Reprodução Vinícius Miguel, lado outro, embora não tenha vencido ainda recebeu boas votações em todas as eleições às quais participou desde 2018, quando recebeu o maior número de votos em Porto Velho, destronando, na Capital, o próprio Marcos Rocha, vencedor daquele ano. Angariou experiência prática na lida administrativa ao assumir Superintendência Municipal de Integração e Desenvolvimento Distrital (SMD) e em seguida a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SEMAGRIC). Com vitória de Lula, Fátima Cleide volta como força política na Capital e PT deve regressar ao cenário em Rondônia / Reprodução Fátima Cleide vem à tona com a força do PT, que há pouco tempo era considerado um partido praticamente morto. Com o regresso de seu principal líder à Presidência da República, a sigla deve se reerguer no País, tornando Fátima, na Capital, um nome significativo da esquerda para as composições vindouras. Logo, os dados já estão rolando e a sorte está lançada. Fonte: Rondoniadinamica Leia Também Nomes que já concorreram e novidades como Cruz, Gonçalves, Pereira e Máximo podem disputar a Prefeitura da Capital em 2024 Deputado Laerte Gomes destina R$ 95 mil em recurso para aquisição de veiculo à Unidade de Saúde Pedro Beck Instalação de Rondônia completa 41 anos com desenvolvimento do agronegócio, terra fértil e mais empregos Tá na conta: R$ 200 mil para a compra de material pedagógico para a rede de ensino de Cacaulândia Membro da equipe de transição da gestão Lula, Confúcio fala sobre ‘‘nova Amazônia’’ sem citar Lula ou Bolsonaro Twitter Facebook instagram pinterest