UNIR Estudo investiga queda de vacinação em Rondônia Publicada em 16/02/2023 às 10:50 Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) aponta que a ausência de comunicação oficial eficaz do poder público contribui para quedas na cobertura vacinal no estado. Diante da baixa taxa de imunização contra a poliomielite registrada em Rondônia, os pesquisadores analisaram sites e redes sociais oficiais do estado e concluíram que o acesso à vacinação é dificultado pela falta de informação básica e acessível, como local e horário para vacinação e disponibilidade de vacinas, além da falta de atendimento telefônico. As conclusões estão no relatório disponível aqui. Um impacto preocupante da queda na vacinação infantil, segundo o estudo, é a exposição de crianças a doenças graves que já haviam sido erradicadas no país, como a poliomielite, que pode causar paralisia e tem a vacina como única forma de prevenção. Em 2020, a imunização contra essa doença em Rondônia foi a menor do país, ficou em 66,62%, enquanto a meta de cobertura vacinal é de 95%. Na pesquisa, realizada entre junho e dezembro de 2021, foram considerados três aspectos principais para compreender as causas da baixa taxa de vacinação: desinformação (fake news), indisponibilidade de dados públicos e escassez de transparência pública na saúde. Os dados obtidos apontam uma relação entre a baixa adesão às vacinas e a ineficiência da comunicação produzida pelos veículos e órgãos públicos para informar a sociedade sobre as campanhas de vacinação. O coordenador do estudo, o professor Vinícius Raduan Miguel, docente no departamento acadêmico de Ciências Sociais, destaca que a maioria dos argumentos vinham na direção de atribuir aos usuários do SUS a abstenção vacinal e que a pesquisa buscou entender outras variáveis e explicitar as responsabilidades do Poder Público: “Encontramos um contexto negativo, de ausência de informações básicas a serem fornecidas pelos entes públicos, que dificultam o acesso de cidadãos à vacinação”. Entre as barreiras à vacinação, os autores identificaram um déficit de informações, nos sites e nas redes sociais dos órgãos públicos de saúde, quanto aos endereços dos locais de vacinação, horários de atendimento, dados sobre calendário vacinal e escassez, ainda que provisória, de algum imunizante. Também, nesse contexto, estavam ausentes informações quanto à segurança e importância de vacinação. “Assim, apontamos que a transparência pública e o acesso à informação são ferramentas fundamentais que vêm sendo negligenciadas pelos gestores públicos, e sua ausência têm contribuído significativamente para a baixa vacinação”, destaca Vinícius. Como alternativa para enfrentamento aos problemas identificados, os autores do estudo sugerem a adoção de um plano e de estratégias que reduzam o déficit de transparência relativo à vacinação, como, por exemplo, a criação de portais eletrônicos de vacinação com informações claras e atualizadas para orientar a população. Outro ponto importante de comunicação seria a institucionalização de centrais de atendimento online, por meio da utilização de redes sociais e ferramentas digitais, como WhatsApp, SMS e até mesmo ligações, para prestar os dados necessários. Fonte: UNIR Leia Também Estudo investiga queda de vacinação em Rondônia Atividade econômica registrou alta de quase 3% em 2022, revela dados divulgado pelo BC Centro de Referência Especializado da Assistência Social realiza 1º Encontro das Mulheres 2023 Municípios de Rondônia têm até 28 de fevereiro para adesão ao Programa Saúde na Escola População de Porto Velho deve redobrar atenção e respeito às regras de trânsito Twitter Facebook instagram pinterest