GUERRA NA UCRÂNIA Ucrânia alerta para risco de grande ataque russo em 24 de fevereiro, quando guerra completará um ano Publicada em 07/02/2023 às 15:00 As autoridades de Kiev alertam para o risco de um grande ataque russo em 24 de fevereiro, data de aniversário do início da invasão do país por Moscou. O governo ucraniano pede aos países ocidentais que aumentem e acelerem sua ajuda militar. A Rússia reivindicou na terça-feira (7) o "sucesso" de sua recente ofensiva no leste da Ucrânia. Após vários reveses, desde janeiro, o exército russo, apoiado pelos paramilitares do grupo Wagner, voltou à ofensiva, em particular no Donbass, cuja região oriental é reivindicada por Moscou. "Atualmente, a luta está progredindo com sucesso nas áreas" de Bakhmout e Vougledar, disse o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, de acordo com um comunicado divulgado após uma reunião com oficiais do exército e militares de seu ministério. Ele citou as recentes conquistas de sete localidades, incluindo Soledar, uma pequena cidade perto de Bakhmout que as forças ucranianas cederam em janeiro após combates mortais de ambos os lados. Shoigu também alertou o Ocidente contra o aumento de sua ajuda militar à Ucrânia, que ele disse que poderia "levar a um nível imprevisível de escalada" no conflito. Ofensiva no final do inverno Especialistas concordam com as previsões de que a Rússia prepara uma grande ofensiva no final do inverno ou início da primavera (no hemisfério norte), com o objetivo mínimo de conquistar todo o Donbass, que controla apenas parcialmente. Pavlo Kyrylenko, governador ucraniano da região de Donetsk, onde fica Bakhmout, admitiu que a situação estava se tornando muito difícil, em entrevista publicada na terça-feira pela rádio Svoboda. 20 filmes que são tão bons que são considerados perfeitos Apesar de "fazerem o máximo para evitar" a queda da cidade, os soldados ucranianos "não serão usados como bucha de canhão" para manter a posição a todo o custo, disse Kyrylenko. Na noite de sábado (4), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reconheceu que a situação estava se "complicando" no front, especialmente em Bakhmout, que o exército ucraniano defende desde meados de 2022. A captura desta cidade abriria caminho para uma ofensiva russa em direção a Kramatorsk, a principal cidade de Donbass sob controle ucraniano. Cerca de 150 quilômetros mais ao sul, Moscou também está na ofensiva em Vougledar, perto de um entroncamento ferroviário que serve o leste e o sul ocupado do país. Já no norte de Donbass, os russos pressionam o adversário, em uma área reconquistada por Kiev em setembro. Tanques Diante dos pedidos repetidos de Kiev por mais armas, os ministros da Defesa da Alemanha, Holanda e Dinamarca anunciaram que a Ucrânia receberá "pelo menos 100 tanques Leopard 1 A5 (...) nos próximos meses". Os Leopard 1s, mais antigos que os Leopard 2s – dos quais Berlim também prometeu a Kiev 14 exemplares doados pelas forças armadas alemãs – vêm de estoques industriais e serão reformados. Este anúncio foi feito na terça-feira, quando o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, faz uma visita surpresa a Kiev, nesta terça-feira. "O ‘primeiro’ Leopard 2 chegou a Kiev. Outros virão", brincou o ministro da Defesa ucraniano, Oleksiï Reznikov, no Twitter, postando uma foto dele com Pistorius segurando uma réplica em miniatura do tanque alemão. Um porta-voz do ministro ucraniano confirmou à AFP que a foto foi tirada na terça-feira em Kiev. A Ucrânia disse que receberá entre 120 e 140 tanques pesados ocidentais, incluindo Leopard 2 de design alemão, Challenger 2 britânico e Abrams americano. No entanto, o cronograma de entrega não é claro e Kiev teme que não receba os tanques a tempo de repelir uma possível nova ofensiva russa em grande escala. Fonte: RFI Leia Também Ucrânia alerta para risco de grande ataque russo em 24 de fevereiro, quando guerra completará um ano Ex-esposa de Bolsonaro perde nacionalidade brasileira após adquirir cidadania norueguesa TSE nega pedido de Bolsonaro para tirar minuta do golpe de investigação Presidente Lula embarca para Estados Unidos nesta quinta-feira Advocacia-Geral da União cria grupo para defender povos indígenas Twitter Facebook instagram pinterest